A constrangedora demora da Polícia. Ralf dirigia o carro?
Cinco dias se passaram. Digitais da direção e imagens do automóvel pelas ruas foram recolhidas. Por que a demora em divulgar quem atropelou idoso?
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Uma das maiores queixas da população brasileira é a morosidade, a demora da justiça brasileira.
Desde que um crime é cometido, a investigação, o julgamento, os recursos só estimulam novos delitos.
A sensação de impunidade é revoltante.
Veja mais: PSG pagou R$ 1 bilhão por 'meio' Neymar. 50% dos jogos fora
Leia também
Lágrimas de Talles Magno. Obrigado a trocar o Vasco pela Seleção
CBF se curva diante do Flamengo. Bem diferente de Santos e Athletico
Atlético Mineiro contrata Mancini. Sonhando com Cuca em 2020
Globo cobra CBF. Não quer mais amistosos do Brasil à meia-noite
Flamengo vence, quebra tabu de 45 anos. Mostra futebol de campeão
O que está acontecendo no caso de Ralf, volante do Corinthians.
Ele estava em um carro de luxo que, em alta velocidade, derrubou um ponto de ônibus, atropelou Alicio de Castro, idoso de 68 anos, quebrando sua perna direita e um dedo da mão direita.
Em seguida, o automóvel seguiu veloz, desgovernado, até invadir uma residência, derrubando dois portões e indo parar na escada.
O motivo seria estar fugindo de uma motocicleta que perseguiria o carro. Na primmeira versão, dada no sábado de manhã, seriam duas motos.
Ralf foi retirado do local cambaleante, não se sabe se tonto por conta do acidente ou embriagado.
Foi retirado da cena do acidente por um segurança, já que, reconhecido, começou a ser xingado por populares que viram Alicio atropelado e os portões arrebentados da casa que o carro invadiu. O segurança parecia estar armado pelas imagens de vídeos.
O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, deu entrevistas, na madrugada de sábado, dizendo que 'tudo estava bem com o jogador", mas que ele estava 'apavorado'.
Veja mais: Covardia no Rio. Filha de Renato Gaúcho agredida, xingada
Tudo isso aconteceu na noite da sexta-feira, dia 11 de outubro.
A Polícia foi acionada e começou a investigação imediatamente.
No Boletim de Ocorrência, só a confirmação que o segurança de Ralf estava embriagado. E que ele estaria no banco de passageiro. Mas não há a certeza sobre quem estava ao volante.
"No banco do passageiro, um segurança, de 44 anos, estava visivelmente embriagado. Ele fez o teste do bafômetro que constatou positivo para o consumo de álcool. Não foi possível verificar quem estava dirigindo", estava registrado no boletim.
A pergunta mais óbvia não deveria ser difícil de responder.
"Quem estava dirigindo o carro?"
Veja mais: Tite viu 'grande futebol'. E desperdiçou jogadores do Brasileiro
A pessoa que estava ao volante foi a responsável pelo crime, atropelamento, e invasão da casa.
Ralf, seu pai, seu irmão e um segurança estavam no carro.
A Polícia avisava ainda no sábado que recolheria as imagens das câmeras desde o bar, onde o grupo estava, até de ruas próximas ao acidente.

E verificar se existia mesmo uma moto perseguindo o automóvel.
Missão a cargo do DIPOL (Departamento de Inteligência Policial).
E o IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt) faria o recolhimento das impressões digitais do volante.
Só que até nesta quarta-feira, cinco dias após o acidente, nada foi divulgado pela Polícia.
A missão não é nada difícil.
Veja mais: Tite, perdido. Neymar exibicionista e contundido. Jejum aumenta
Principalmente em relação ao volante.
Comparar as digitais de quatro pessoas.
O Santa Fé de Ralf tem os vidros escuros nas laterais, isso pode atrapalhar, mas não pela frente, onde o vidro é claro.
O dono do bar, frequentado pelo atleta, garante que o grupo bebeu cerveja.
Menos Ralf.
Enquanto a Polícia não divulga o resultado da perícia, Ralf arcou com os estragos que o carro fez na casa na rua Marechal Barbacena, na Água Rasa, Zona Leste, de São Paulo.
Veja mais: O inferno astral de Neymar continua. Estiramento na coxa esquerda
E também assumiu a recuperação de Alicio. Transferiu o idoso de um hospital público para um particular. Fez questão de tirar foto com ele e com a família.
De maneira muito estranha, os familiares de Alicio não querem dar entrevista sobre o acidente.

Não se sabe se Ralf dará uma compensação financeira a Alicio pelo atropelamento.
O jogador, sem condições psicológicas, não atuou no clássico contra o São Paulo, no domingo.
Mas já estará em campo hoje, contra o Goiás.
A Polícia já ouviu Ralf e quer ouvir outras testemunhas.
Veja mais: Flamengo ironiza queixas do Santos, Palmeiras e Inter. Desespero
Enquanto isso, ninguém foi oficialmente acusado.
O volante disse que o segurança estava dirigindo.
E que não estava embriagado.
Mas a Polícia não confirma.

A situação é constrangedora.
Até para o jogador.
O caso é exemplar.
Envolve alguém público.
Atleta de um clube poderoso, bilionário.
Veja mais: Itair Machado. Jamais houve um dirigente como ele no Brasil
O desconforto é geral.
E provocado pela morosidade da polícia.
As perguntas são simples.
Quem estava dirigindo o carro?
Quem atropelou Alicio de Castro?
Por que tanta demora?
Curta a página do R7 Esportes no Facebook
Lutadora do UFC entra no octógono quatro meses após virar mãe
Mackenzie Dern enfrentou Amanda Ribas no último fim de semana na Flórida, nos Estados Unidos, mas algo inusitado acompanhou essa luta: a norte-americana foi mãe há apenas quatro meses. Conheça um pouco mais da lutadora do UFC e de sua pequena fofurinha
Mackenzie Dern enfrentou Amanda Ribas no último fim de semana na Flórida, nos Estados Unidos, mas algo inusitado acompanhou essa luta: a norte-americana foi mãe há apenas quatro meses. Conheça um pouco mais da lutadora do UFC e de sua pequena fofurinha