O inferno astral de Neymar continua. Estiramento na coxa esquerda
O jogador tentou uma arrancada contra a Nigéria. E aos 11 minutos teve de deixar o campo, contundido. O músculo paga pelas eternas farras
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Aos 11 minutos do primeiro tempo, o lance mais importante de mais um inútil amistoso da Seleção Brasileira.
No esvaziado Estádio Nacional de Singapura, Neymar deixa o campo. Sentindo dores na coxa esquerda.
Sua fisionomia é tensa, surrura algo no ouvido de Daniel Alves, com a mão na boca para ninguém saber o que havia acontecido.
A suspeita é de estiramento muscular.
Por enquanto, é um 'desconforto', palavra ampla.
Haverá exames detalhados em Paris.
Contusão típica de jogador que está sem ritmo, voltando de contusão grave. E que costuma acompanhar atletas que não se cuidam fora do seu clube, como é o caso de Neymar, que não dispensa uma balada virando a noite toda acordado, nas suas noites de folga.
A conta chega.
A caminho dos 28 anos, depois de duas fraturas no quinto metatarso do pé direito, fez apenas nove partidas, oito pelo Campeonato Francês e uma pela Seleção. Porque, não bastasse a demorada recuperação, houve a acusação de estupro e a tentativa de forças a saída do PSG para o Real Madrid.
E por conta da ganância da empresa Pitch, dona dos amistosos do Brasil entre 2012 e 2022, Neymar teve de sair de Paris e viajar até Cingapura. Fazer dois jogos seguidos, como principal atleta, no time de Tite.
Veio o frustrante empate contra o Senegal, que marcou a sua centésima partida. E uma péssima atuação, logo depois de dizer à própria CBF que carregava a Seleção 'nas costas'.
Como é comum na sua carreira, depois de declarações polêmicas, voltou atrás.
Mas queria fazer um grande jogo hoje contra Senegal.
Tite atendeu pedido de Neymar e ele atuaria como meia, como está atuando no PSG.
Só que o músculo adutor da sua coxa esquerda não aguentou.
O estiramento o tirou de campo.
Como as informações na Seleção Brasileira são tratadas com mão de ferro, nos primeiros minutos é impossível afirmar a gravidade da lesão de Neymar.
O tratamento começou assim que o atacante saiu, com uma enorme bolsa de gelo no local.
Mas ficou claro, evidente.
O inferno astral de Neymar continua...
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