300 minutos sem marcar. Namoro com Z-4. Corinthians sem rumo
Clube já paga as multas de Carille e Tiago Nunes. Por isso, Andrés quer manter Coelho. Mas os resultados são fracos demais. Dorival ganha força
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
300 minutos sem marcar gols.
Só dois pontos do Z-4.
Campanha pior do que a do rebaixamento em 2007.
Insegurança dos jogadores.
Elenco fraco.
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Dívida travando o clube, mesmo com o naming rights vendidos.
180 processos na justiça cobrando o clube.
Irritação dos conselheiros de situação e oposição.
Até mesmo o interino Coelho diz compreender a busca de um treinador experiente, vivido.
Colho está preparado desde o dia 11 de setembro, quando Tiago Nunes foi mandado embora, para entregar seu cargo a um novo técnico.
Toda a tensão vivida no Parque São Jorge tem um culpado.
Andrés Sanchez.

Nos dois últimos meses de mandato, ele decidiu enfrentar a realidade.
Quer provar sua tese de que, no futebol, o treinador não é tão importante.
Relembra, a todo instante, a eliminação da pré-Libertadores, contra o Tolima. E que ele segurou Tite, que acabou campeão da Libertadores e do mundo. Também o sucesso de Carille, que saltou de auxiliar a treinador e conquistou o Brasileiro de 2017.
E que pode manter Coelho como treinador interino.
Até que o clube escolha novo presidente, no dia 28 de novembro.
Até o fatídico sábado de eleição, o clube enfrentará o Santos na sua arena; Ceará, em Fortaleza; Athetico, em Curitiba; Flamengo, em casa; Vasco, no Rio; Internacional, em casa; Atlético Goianiense, em Goiás.
E, no dia da eleição, o Atlético Mineiro, na arena corintiana.
Ou seja, a caminhada até a eleição, nos jogos pelo Brasileiro, não será nada fácil.
Fora as duas partidas pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil, contra o América Mineiro, decidindo a vaga em Belo Horizonte.
Andrés sabe, melhor do que ninguém, que uma boa campanha no futebol ameniza todos os problemas no Corinthians.
Mas ele sabe que o clube segue pagando R$ 5,7 milhões em multas para treinadores demitidos.
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R$ 1,2 milhão, em três vezes, para Tiago Nunes.
E R$ 4,5 milhões, em 12 vezes, para Carille.
Por isso, Andrés desprezou os nomes de Felipão, Dunga e Sylvinho, propostos por seus companheiros de diretoria mais próximos.

Sabe que eles não trabalhariam no Corinthians por menos R$ 700 mil, teto para os jogadores, e que exigiriam um contrato longo. Com multa rescisória.
Dorival Júnior, nome que cresce no clube, não.
Acumulando demissões seguidas, o treinador aceitaria receber R$ 400 mil, o salário de Tiago Nunes. Em baixa, poderia fechar sem multa rescisória.
Sua aposta no técnico da Sub-20, e ex-lateral Coelho, tem sido decepcionante.
Resultados frustrantes.
Foram cinco partidas. Uma única vitória. Dois empates e duas derrotas.
Em 13 jogos no Brasileiro, contando os oito primeiros, sob o comando de Tiago Nunes, o clube tem rendimento de 35,9%.
Digno de times que brigam pelo rebaixamento.
São três vitórias, cinco empates e cinco derrotas.
Andrés Sanchez tenta disfarçar.
Mas conselheiros que o conhecem profundamente garantem.
Ele está perto de ceder.
Percebe o quanto está prejudicando seu candidato a sucessão, Duílio Monteiro Alves.
E o clássico contra o Santos, quarta-feira, tem tudo para ser um marco.
Coelho ganhar mais fôlego.
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Ou, em caso de derrota, Andrés agir.
Sabe o peso que seria o clube na zona do rebaixamento.
Ele era o presidente na queda para a Série B, em 2007.
O clima no Corinthians está muito pesado.
Ficou pior depois do 0 a 0 de ontem, contra o Red Bull Bragantino.
Foi o primeiro clube a não marcar um gol na decepcionante equipe interiorana.
Ele sumiu das redes sociais, desde o dia 27 de setembro.
Ditatorial, não colocou substituto para Duílio na diretoria do futebol.
Ou seja, todas as decisões são deles.
E ele mistura o fracasso financeiro do pagamento da arena, com o dinheiro gasto com o time, com o elenco, com o técnico.
Andrés errou feio com Tiago Nunes, que deveria ficar até o final do seu mandato.
Por isso, esta falta de rumo faltando dois meses para o Corinthians ter um novo presidente.

Ele não queria agir.
Contratar novo técnico.
Mas as circunstâncias o estão encurralando.
O time está despencando.
Ele, mais do que Coelho, precisa da vitória contra o Santos.
Ou terá de fazer o Corinthians pagar três treinadores ao mesmo tempo.
Um novo.
Dois, Carille e Tiago Nunes, que ele apostou.
E teve de mandar embora...
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