São Paulo, Brasil
1º)Mbappé (PSG) - 160 milhões de euros
2º) Haaland (Borussia Dortmund) - 150 milhões
3º) Vinícius Júnior (Real Madrid) - 100 milhões
4º) Mohamed Salah (Liverpool) - 100 milhões de euros.
5º Harry Kane (Tottenham) - 100 milhões de euros.
6º)Lukaku (Chelsea) - 100 milhões de euros
7º) Bruno Fernandes (Manchester United) - 90 milhões de euros
8º) Kevin De Bruyne (Manchester City) - 90 milhões de euros
9º) Neymar (PSG) - 90 milhões de euros.
10.º)Phil Foden (Manchester City) - 85 milhões de euros.
Enquanto o site mais respeitado em relação a avaliações de jogadores no mundo, o Transfermarkt, deixava sua decadência no mercado, Neymar chegava ao Brasil para passar o Natal e o reveillon com sua família, seus 'parças' e amigos.
Mesmo no estágio final de sua recuperação do rompimento no seu tornozelo esquerdo, o brasileiro que completará 30 anos em fevereiro, decidiu sair da França e veio ao Brasil farrear.
2022 será o ano decisivo do legado de Neymar.
Apesar de ser o melhor jogador brasileiro desde Ronaldo, o atacante conseguiu ser o atleta nascido neste país com maior patrimônio na história. Que ganhou mais dinheiro. Seu patrimônio já chega a R$ 600 milhões, de acordo com revistas especializadas, como a Forbes.
Caminhando para completar nove anos de Europa, o jogador jamais conseguiu o sonho de se tornar o melhor do mundo. Pelo contrário, foi perdendo cada vez mais espaço e prestígio.
Já não é o atleta mais importante do PSG. Está muito atrás de Mbappé. E também perdeu espaço com a chegada de Messi.
Não conseguiu vencer a Champions com o clube francês, acumula fracassos desde 2017.
Com ele, apesar de todos os privilégios que tem na Seleção, desde 2010, quando começou a ser convocado, o Brasil não é mais respeitado como já foi. Não venceu a Copa de 2014 e 2018. Ele se machucou no Mundial no país.
Mas disputou a Copa de 2018 e teve uma participação constrangedora. Não só jogou mal, mas virou piada, por suas simulações.
Em 2021, a Seleção de Tite, com Neymar, passou por grande vexame. Perdeu a Copa América, em pleno Maracanã, para a Argentina, de Messi.
O PSG não conseguiu sequer ser campeão francês em 2021, com Neymar.
O atacante segue cada vez mais questionado por jornalistas franceses, europeus. Menos decisivo, letal, importante para o PSG.
Seguiu apenas coerente com sua promessa de 'aproveitar a vida' fora dos gramados. Não abre mão das festas, noitadas, farras.
"Nas minhas folgas, faço o que quiser."
E tem feito.
Só que as noites sem dormir, desfrutadas com tudo o que um milionário tem direito. A rotina espartana de um atleta de elite é afetada há anos. Daí a falta de rendimento que seu talento poderia proporcionar.
Ele renovou seu contrato com o PSG até 2025.
Sem festa, empolgação, manchetes nos principais veículos.
O sonho de retorno do Barcelona morreu há tempos. Por desinteresse do clube catalão.
Neste 2022, Neymar será julgado por duas competições.
A Champions League 2021/2022 e o Mundial do Catar.
A pressão é enorme sobre o atacante.
A ponto, de maneira muito esperta, ele dizer que a Copa deste ano poderá ser a última que disputará. Falou para ganhar apoio. Mas a reação não foi a que esperava. A popularidade de Neymar não é a mesma que já foi no país. Pelo contrário.
O jogador também pediu respeito com a camisa da Seleção, situação que jogadores do seu nível jamais passaram. Outra vez, não teve apoio unânime. Há consciência de torcedores que o Brasil faz o que quer nas fraquíssimas eliminatórias sul-americanas. Não há confronto com as seleções europeias, campeãs da Copa do Mundo desde 2006.
Tite segue prejudicando Neymar.
Dependente do jogador, o técnico se submete ao exageros do atleta. Jamais o critica. E não o estimula a crescer com a camisa da Seleção. Pelo contrário. Pior para a parte tática. Atacantes seguem estimulados a procurar Neymar assim que estiverem perto da grande área adversária. Por ordem do treinador. E imposição do jogador, que não abre mão de ser a grande referência ofensiva do time brasileiro.
Fora do campo, a mesma coisa.
Torneios de pôquer e muitas festas.
O final do ano passado foi o de sempre.
Festaça no Reveillon na sua mansão, em Mangaratiba.
Jornalistas franceses diziam que o PSG o queria na França, se recuperando, focado em 2022.
Mas o brasileiro se impôs e veio ao Brasil festejar, já que os atletas do clube estão 'de folga'.
Segue o mesmo.
Ou melhor, não.
Apesar de ter sido o atleta mais caro de todos os tempos, 222 milhões de euros, cerca de R$ 1,4 bilhão, só se desvalorizou, de 2017 para cá. Se tornou o nono no mercado mundial. Atrás até de Vinícius Júnior, como brasileiro de maior valor financeiro.
A realidade é que vale menos da metade do que o PSG pagou por ele.
Sua resposta é aguardada nos gramados.
Da Europa.
E do Catar.
2022 não terá meio termo para Neymar.
Seu legado estará ligado ao que conseguir nesta Champions.
E na Copa do Mundo.
Ele que lembre disso hoje, primeiro de janeiro, ao acordar de mais uma festança na sua mansão de Mangaratiba.
A responsabilidade que terá em 2022 será imensa.
Às vésperas dos 30 anos, acabou a velha desculpa.
Não existe mais 'menino Ney'...