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Silvio Lancellotti Copa 2018

Dia 11: o primeiro gol do Panamá na Copa e a classificação da Inglaterra

Nos 6 X 1 dos "Três Leões" sobre a "Maré Vermelha", valeu a celebração de Baloy. No Grupo H, três seleções ainda brigam, Colômbia, Japão e Senegal.

Silvio Lancellotti|Do R7

Baloy, o herói do Panamá
Baloy, o herói do Panamá

No dia 1º de Dezembro de 2017, data do sorteio das oito chaves da Copa da Rússia, os analistas do Futebol, na sua maioria, apostaram as suas fichas nas “Águias Brancas” da Polônia e nos “Cafeteros” da Colômbia como os dois qualificados no Grupo H. Este escriba, porém, então escreveu: “Polônia, Colômbia, Senegal e Japão, seleções irregulares, tudo pode acontecer”.

Japão X Senegal, a beleza nas arquibancadas
Japão X Senegal, a beleza nas arquibancadas

De fato, na rodada inicial do Grupo, em 19 de Junho, os “Samurais Azuis” do Japão e os “Leões de Teranga” do Senegal, apontados como azarões, por 2 X 1 suplantaram os “Cafeteros” e as “Águias”. Circunstância que tornou dramática, empolgante e crucial a jornada deste domingo, 25. Em Ekaterinburgo, duelaram o Japão e o Senegal, 2 X 2. Uma hora depois, em Kazan, começou o cotejo de Polônia e Colômbia, que tiveram a melancólica vantagem de conhecer o resultado do duelo dos líderes. Placar de 3 X 0, e adeus Polônia.

Harry Kane, de pênalti
Harry Kane, de pênalti

Bem antes, na primeira pugna do dia, o estádio de Nizhny Novgorod presenciou um dos espetáculos mais curiosos e unilaterais de toda a Copa. Pelo Grupo G, dominado pela Bélgica, 6 pontos, e também ocupado pela Tunísia, duas derrotas, na cota zero, Inglaterra X Panamá. O “English Team” dos inventores do Futebol, o esquadrão dos “Três Leões”, composto por 23 atletas que atuam em clubes da Grã-Bretanha, diante da “Maré Vermelha” com somente dois rapazes sempre fiéis às agremiações da sua pátria.

Kane, agora cinco tentos na tabela da artilharia
Kane, agora cinco tentos na tabela da artilharia

Na sua vitória sobre a Tunísia, 2 X 1, havia faltado a boa pontaria aos pupilos de Gareth Southgate. Inacreditáveis 17 chances e o gol do triunfo, do capitão Harry Kane, só tinha despontado nos acréscimos. Do outro lado, todavia, o elenco de Hernan Dario Gomez, nas suas sete partidas anteriores, com duas igualdades e cinco derrotas, apenas havia marcado dois tentos. Matematicamente, bastaria o triunfo dos “Três Leões” para que a representação de Sua Majestade passasse à fase das oitavas. Mas foi um triunfo com fartíssima folga de tentos para a Inglaterra, 6 X 1.


Graças à fragilidade quase infantil da retaguarda do rival, que inclusive cometeu duas tolas penalidades máximas, o “English Team” praticamente escavou um outro canal no istmo centro-americano. Harry Kane converteu ambas e ainda anotou mais um gol de modo a subir à cota dos 5 na tabela da artilharia, um acima do belga Lukaku e do luso Cristiano Ronaldo. Lingard, com um tiro de fora da área, e o zagueiro John Stones, 1m88, com duas testadas, completaram o placar pelos britânicos, que se igualaram aos “Diabos Rubros” da Bélgica no saldo e nos tentos a favor, 8 e 6, respectivamente. As duas seleções decidirão o título do Grupo H no dia 28, em Kaliningrado.

Gol do Panamá, comemoração de antologia
Gol do Panamá, comemoração de antologia

Mas, e justamente, nenhum gol foi tão celebrado quanto o de Felipe Baloy, anotado aos 73’, quando o marcador exibia o resultado de 6 X 0. Entre 2003 e 2005, Baloy, que tem 37 de idade, atuou no Brasil, pelo Grêmio/RS e pelo Atlético Paranaense. Cravou nada menos do que o primeiro gol do seu Panamá numa Copa do Mundo. E celebrou sobre uma mureta, entre uma “Maré Vermelha” de torcedores, que inclusive arrancaram a sua camisa de número 23. Detalhe enciclopédico: Baloy havia entrado na porfia apenas aos 69’. Fez história em meros 240 segundos de presença no gramado.


Mané e Sabaly, Senegal 1 X 0
Mané e Sabaly, Senegal 1 X 0

Um ex-zagueiro de 42 de idade, o mais jovem treinador da Copa, o único negro no cargo, Alou Cissé, de cabelos ao estilo dreadlock, algum brilho em clubes da França e da Inglaterra entre 1994 e 2009, o astro da retaguarda da sua seleção na Ásia/2002, também vibrou bastante com o gol de Senegal logo aos 11’ do prélio de Ekaterinburg, a joelhada de Sadio Mané depois de uma pixotada coletiva, ridícula, da retaguarda dos “Samurais Azuis”.

Mandavam nas ações os “Leões de Teranga”. Até que, aos 34’, numa das raras avançadas dos pupilos de Akira Nishino, a bola sobrou no flanco canhoto para Nagatomo, que cortou um zagueiro, se inflitrou no meio de dois beques e tocou para a finalização precisa, com efeito, de Takashi Inui, Japão 1 X 1.


Inui, Japão 1 X 1
Inui, Japão 1 X 1

Empate injusto, pois o elenco do Senegal, mais atento nos cercos de meio-campo, mais vigoroso nas divididas, mais habilidoso nas viradas de jogo, depressa voltou a mandar nas ações. E, aos 71’, reassumiu a vantagem, 2 X 1, num lance precioso de Sabaly no flanco esquerdo, dois dribles em adversários, um cruzamento e o arremate, um torpedo em diagonal, de Wague, do outro lado. Aliás, Wague de 19 anos, a metade da idade do treinador Cissé. Só que aos 78’, noutra falha coletiva da defesa dos “Leões”, mais uma barbaridade patética do arqueiro Khadin Ndyaie, a pelota sobrou para o experiente Keisuke Honda, 32, ex-Milan, um novo empate, 2 X 2.

Torcedores da Polônia, antes do jogo de Kazan, confiança
Torcedores da Polônia, antes do jogo de Kazan, confiança

O resultado de Ekaterinburgo tornou mais essencial ainda um triunfo, para a Colômbia ou para a Polônia, na peleja de Kazan. José Pekerman, o treinador dos “Cafeteros”, enfim recuperou o astro James Rodriguez. Seu adversário Adam Nawalka, ferido pelos 2 X 1 do Senegal, substituiu quatro dos seus titulares naquela derrota. Valeu. As suas “Águias Brancas” mostraram muito mais impetuosidade nos lances de início do desafio. Mas, distantes os seus avantes Zielinsky e Lewandowski, sem penetração, a Polônia pouco arrematou e, paulatinamente, mais acesa, a Colômbia conseguiu equilibrar a situação.

Mina, 1m94, Colômbia 1 X 0
Mina, 1m94, Colômbia 1 X 0

Problema dos “Cafeteros”, todavia: um excesso inútil de levantamentos sobre a área das “Aguias”, com atletas da maior estatura. O perigo de fato ocorria por baixo, com a agilidade de Cuadrado, craque da Juventus de Turim. O gol do 1 X 0, de todo modo, nasceu por cima, uma linda curva de James Rodriguez que pousou milimetricamente no cocuruto de Yerry Mina, esse sim um latagão, 1m94, ex-central do Palmeiras, transferido ao Barcelona, 1 X 0 aos 40’. Acordaria Lewandowski no segundo tempo? Não aos 58', quando falhou ao se desencontrar com a quicada da pelota, cara a cara com Ospina.

Cuadrado, Colômbia 3 X 0
Cuadrado, Colômbia 3 X 0

Da sua área reservada junto ao banco da sua seleção, o ansioso José Pekerman, aos gestos, reclamava do recuo perigoso dos “Cafeteros”. Que, todavia, aos 70’, graças ao talento de Quinteros, um passe maravilhoso para a investida de Falcão Garcia, conquistaria os 2 X 0. Aos 75’, melhor, pertinho de Pekerman, o excelente James Rodriguez acertaria outro passe maravilhoso, desta vez em diagonal, para a arrancada de Cuadrado, o melhor da Colômbia em campo, resultado indebatível, absolutamente arrasador, 3 X 0. Japão e Senegal com 4 pontos. Colômbia com 3. A Polônia eliminada. E uma definição emocionante no dia 28: Japão X Polônia e Colômbia X Senegal.

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