Fábio Carille sente pela primeira vez pressão no comando do Santos
Derrota para o Amazonas e falta de disposição do time em campo geram preocupações na Série B
O técnico Fábio Carille ficou abatido com a primeira derrota do Santos Futebol Clube na Série B do Campeonato Brasileiro. O time perdeu para o Amazonas, 1 a 0, jogando em Manaus. E a derrota trouxe consequências!
O Peixe despencou na classificação, da primeira para a terceira colocação, com 9 pontos em quatro partidas e, de quebra, perdeu os postos de melhor ataque e melhor defesa da competição.
Isso é o de menos! Nos bastidores, a preocupação da diretoria é a apatia da equipe, a displicência em campo. É um consenso que o elenco do Santos acredita que possa vencer qualquer partida “na hora que quiser”. Mas, Série B de Brasileirão não é assim!
O Santos, em quatro jogos, não apresentou um futebol convincente, que deixasse o torcedor mais tranquilo! E a pressão por “performar melhor” recai sobre Carille!
Não há nenhum risco de demissão do treinador. Pelo contrário, a confiança no trabalho dele segue firme, mas cartolas vão participar mais do dia a dia do time, dos treinamentos.
Inclusive, treinar apenas em um período, na parte da manhã, e liberar o elenco à tarde durante os intervalos dos jogos da competição não vem pegando bem nos corredores da Vila Belmiro.
Os treinamentos são fechados e ninguém tem acesso ao trabalho de Carille.
Por exemplo: Patrick, recém contratado, rendeu muito abaixo do esperado, mas foi utilizado em três posições na última partida: pela ponta direita (algo que ele nunca fez), centralizado e pelo lado esquerdo (preferência do atleta).
Em nenhuma delas agradou, e, o pior, técnica e fisicamente o meia está longe de ser aquela “cereja no bolo” para a Série B.
Outro jogador que Carille insiste e que divide opiniões na diretoria é o colombiano Alfredo Morelos. Dono do maior salário do atual elenco (R$ 450 mil/mês mais bônus de R$ 10 mil por gol marcado), o atacante mostrou que não tem condições de seguir como titular.
Carille disse que “não desiste de jogador” e com isso a diretoria cobra do técnico melhores escolhas. Lembrando que no intervalo entre o fim do Paulistão e o início da Série B do Brasileirão, os cartolas estavam estudando a rescisão de contrato de Morelos.
Carille bancou o colombiano, sacrificou o jovem Enzo Monteiro, de 18 anos, titular na estreia e que foi devolvido para a base, deixou o argentino Julio Furch no banco de reservas (alegando que ele não tinha condições de atuar por muito tempo por dores no púbis).
Contra a Ponte Preta, nesta quarta, em Campinas, às 21h30, Fábio Carille ainda pode perder Giuliano. O meia sentiu dores musculares em Manaus e é dúvida.
O técnico também cobrou a contratação de Serginho, destaque do Maringá, do Paraná, que sequer entrou em campo em Manaus.
A partir de agora, as cobranças sobre Carille serão por performance, melhores escolhas e alterações coerentes! Como me disse um dirigente na Vila Belmiro... “Mexer nas laterais não ganha jogo”.
É aguardar e ver se Carille muda o cenário que, hoje, não é dos mais agradáveis no campo e bola.
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