Raro no futebol? Conheça ‘gringos’ que treinaram seleções brasileiras de outros esportes
Basquete, handebol, ginástica artística e canoagem já tiveram treinadores estrangeiros de sucesso
Mais Esportes|Do R7

Desde 1965, a seleção brasileira de futebol não tinha um treinador estrangeiro. O italiano Carlo Ancelotti é apenas o quarto a treinar a equipe, que já contou com o argentino Filpo Nuñez, em apenas uma partida em 1965, o português Joreca, por dois jogos em 1944, e o uruguaio Ramón Platero, em 1925.
Mas se ter um “gringo” no comando é algo raro no futebol, a prática é até comum em outros esportes. Principalmente, se precisamos melhorar a seleção brasileira em alguma modalidade que não somos da elite.
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Veja abaixo alguns dos treinadores estrangeiros que fizeram sucesso em seleções brasileiras:
Morten Soubak
O dinamarquês foi o técnico da seleção brasileira feminina de handebol que venceu o Mundial de 2013. Até hoje, esse é o maior título já vencido pelo Brasil no esporte.
Soubak dirigiu o Brasil de 2009 até 2016 e, além do Mundial, conquistou o Pan de 2011. Ele se apaixonou tanto por nosso país, que se casou com uma brasileira, fala português fluentemente e se diz fã de Ivete Sangalo e Daniela Mercury.
Rubén Magnano
Tudo bem que o argentino teve muito mais sucesso no comando da seleção do seu país natal do que dirigindo o Brasil no basquete masculino. Pelos vizinhos, ele foi vice-campeão mundial e campeão olímpico em 2004. Mas, por aqui, pelo menos conseguiu conquistar uma vaga para as Olimpíadas de Londres em 2012, a primeira disputada pelo Brasil desde 1996. Pela seleção nacional foi campeão do Pan de 2015.
Alexander Alexandrov, Oleg Ostapenko e Iryna Ilyashenko
Esse trio revolucionou a ginástica artística brasileira. Se hoje somos uma potência no esporte, foi graças a esses três nomes. O ucraniano Ostapenko coordenou a seleção entre 2001 e 2008. Era o auge de Daiane dos Santos e Daniele Hypólito. Sua conterrânea, Iryna Ilyashenko o substituiu no comando. Ela já estava por aqui desde 1999 e ajudou a formar a geração que deu início às medalhas.
O russo Alexander Alexandrov chegou ao Brasil em 2013 e ficou no Brasil até 2016. No comando da seleção de ginástica artística, foi um dos responsáveis por aprimorar Rebeca Andrade.
Jesús Morlán
O espanhol foi simplesmente o técnico que transformou Isaquias Queiroz em um dos maiores canoístas do mundo. À frente da seleção brasileira, conquistou três medalhas olímpicas e 10 em Mundiais.
Infelizmente, morreu em 2018, em Lagoa Santa (MG), cidade onde a seleção de canoagem treinava, vítima de um tumor no cérebro.
Justo Navarro
Darlan Romani é o maior atleta brasileiro de arremesso de peso da história. Ele conquistou um ouro no Pan de Lima, em 2019, um quarto lugar em Mundial e diversas etapas da Liga Diamante. Tudo isso treinado pelo cubano Justo Navarro, responsável pelo arremesso do peso na CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).