Comunicação com Becker não é trapaça, diz Djokovic
Mais Esportes|Do R7
LONDRES (Reuters) - O técnicos serão submetidos à mesma atenção que os jogadores durante os próximos quinze dias em Wimbledon, com cada gesto facial sendo capturado por câmeras de TV e repetido em super slow motion.
A comunicação entre os jogadores e aqueles presentes em suas áreas reservadas na arquibancada, que no caso do tenista britânico Andy Murray está sempre lotada, proporciona um espetáculo à parte.
Mas com todas as formas de contato com os técnicos proibidas durante partidas de grand slam, pode ser tênue a diferença entre torcer e passar mensagens táticas cifradas.
O atual campeão Novak Djokovic, que tem o ex-campeão Boris Becker como seu principal treinador ao lado de Marian Vajda, foi questionado em sua entrevista pré-torneio, neste domingo, se Becker havia ultrapassado a fronteira do que seria aceitável, numa insinuação de que instruções teriam sido transmitidas.
“Não acho que estejamos roubando”, disse o jogador de 28 anos, que tem trabalhado com o ex-tenista alemão desde 2013.
“Não acho que se possa chamar assim. Quer dizer, há modos particulares de, eu diria, comunicação”, acrescentou.
“Como (Boris) mencionou, a forma como você olha um para outro, a forma como sente sua área reservada e os que estão ali sentem pelo que você está passando em quadra. Acho que é algo que apenas dá tranquilidade, dá confiança.”
"Não é necessário que ele me diga onde sacar ou em qual lado da quadra do adversário eu devo jogar, porque isso não acontece", completou.
(Por Martyn Herman)