Bia Haddad celebra semifinal em Roland Garros: 'Estou vivendo um sonho'

Brasileira bateu Ons Jabeur nas quartas de final e avançou para a etapa inédita na carreira; decisão acontece na quinta-feira (8)

07/06/2023 - 10h34 (Atualizado em 29/03/2024 - 07h22)

Beatriz Haddad Maia já se garantiu no 11º lugar do ranking da WTA ao chegar na semifinal inédita de Roland Garros com virada sobre Ons Jabeur.

E pode ser Top 10 caso a checa Karolina Muchova não seja campeã. A oponente encara a forte belarussa Aryna Sabalenka, número 2 do mundo, em uma das semifinais desta quinta-feira (8). O melhor resultado da carreira até então, é fruto da disciplina e coragem na visão da brasileira.

Até então, Bia Haddad jamais havia passado da segunda rodada de um Grand Slam na carreira. Ela garante que vem crescendo no circuito ao melhorar a concentração e ser aplicada durante os jogos. Antes, a brasileira aceitava a trocação com as oponentes, agora ela admite mudar sua maneira de atuar dentro de quadra quando não está cômoda.

"Acho que o fato de nunca ter passado da segunda rodada, como falei, é porque desde o começo da carreira passei muitas barreiras. Entrei no Top 100, depois Top 50, Top 20, ganhei WTA, Masters 1000, tudo aos poucos. Sempre fui me consolidando, nunca fui pessoa rompedora e fenômena, sempre tive de trabalhar duro para confiar em mim e estou muito feliz", disse à ESPN, antes de elogiar bastante a tunisiana.

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"Ainda mais contra a Ons, jogadora que eu respeitava, vinha de 6/3 e 6/0. Quando você entra em uma quadra dessa para jogar pela primeira vez, quadra grande, vento muda, e olha para o outro lado. Estava tendo muitas chances, mesmo com 4 a 1 para ela, tive dois games que podia ter ganho. Então eu estava: 'não aceita, não se acomoda, fica, fica',. Combinei com o Rafa (Rafael Paciaroni, seu técnico) que se eu ganhasse um set, se fosse para o terceiro, eu acreditava muito", ressaltou. "Fui muito disciplinada, segui no jogo e só posso dizer que realmente estou muito feliz, vivendo um sonho que trabalhei muito duro para estar aqui."

A brasileira admitiu que precisou modificar seu jogo para buscar a terceira virada seguida em Roland Garros. "Era importante ter coragem de mudar a direção, ir para cima. Eu tinha de mudar a altura da bola ou cruzar para dentro, e não é fácil você entrar na Philippe Chatrier (quadra principal) pela primeira vez", afirmou Bia. "Tinha alguns fantasminhas. Mas consegui sacar melhor, consegui fazer boas paralelas, mudar direção (da bola). Passei por todas as experiências (na competição), jogo que fui bem, não tão bem, que eu briguei, que salvei matchs decisivos. Vamos continuar, ver até onde vai."

Pintura de quadros, viagens e acordes no violão: conheça Bia Haddad fora das quadras

Bia Haddad enfrentou, nesta quarta-feira (7), Ons Jabeur, nas quartas de final de Roland Garros. De virada, mais uma vez, a tenista venceu a tunisiana e fez história. É a primeira vez em 55 anos que uma tenista brasileira chega às semifinais em um dos maiores Abertos da modalidade. A última foi Maria Esther Bueno, em 1968. Porém, a tenista brasileira não é somente uma grande atleta.

Fora das quadras, Bia tem diversos hobbies. Um deles é a pintura. A tenista tem diversos registros de quadros que já pintou e vídeos enquanto cria as obras de arte. Na foto acima, a atleta segura o quadro que ela mesma pintou com a paisagem de Dubai, nos Emirados Árabes.

Conheça outras 'faces' de Bia Haddad, além das raquetes de tênis:

Uma das maiores paixões de Bia é a música. A atleta toca violão e gosta de registrar os momentos em que está dando uma 'palhinha' no instrumento. Basta uma pesquisa nas redes sociais da tenista que é possível encontrar alguns vídeos e cliques da jogadora acompanhada do violão ou algum outro instrumento de cordas

Se a carreira de tenista já faz com que Bia viaje o mundo, a atleta aproveita as folgas para 'turistar' pelas cidades por onde passa. A jogadora faz questão de curtir os destinos e, ainda, registrar belas fotos dos lugares visitados

Bia nunca escondeu que gosta de passar tempo com a família. Ao lado da mãe Laís Haddad, do pai Ayrton Elias Maia e da irmã, Andrea Haddad, os quatro sempre aparecem juntos em cliques da atleta brasileira

A irmã, Andrea, também é tenista e as duas têm uma linda relação. Nas redes sociais, a dupla de irmãs faz questão de registrar o carinho e a cumplicidade que existe entre elas

Alguns anos atrás, Bia Haddad já perseguia a carreira de tenista, porém, nos momentos livres entre um torneio e outro, a atleta estudava online. No registro publicado no Instagram, Bia se mostrou empolgada com a possibilidade de aprendizado remoto. "Esperando 4 horinhas no aeroporto, aproveitar para começar mais um ano de estudo", escreveu a jogadora

A tenista também já revelou ser fã de jogos de tabuleiro. Mais uma vez nas redes sociais, a jogadora publicou registros de um jogo de gamão. A legenda enigmática — "Melhor de 57399" — fazia referência as muitas partidas que ela e a família disputaram do mesmo jogo

Recentemente, Bia Haddad publicou um texto reflexivo sobre a própria derrota na estreia do Australian Open, no começo deste ano. Nas fotos, a jogadora aparece sozinha, caminhando na natureza. "Falhei. Senti a pressão. Quis a vitória, antes do trabalho. E essa ordem nunca funciona. Nunca funcionou. Sei das minhas qualidades. Sei do nível que sou capaz de jogar. Sei o que posso conquistar e onde posso chegar", escreveu Bia

Como muita gente, Bia é fã dos 'doguinhos'. Porém, os cachorros de Bia são o oposto de 'inhos'. Apesar de nascida na cidade de São Paulo, a atleta morou um tempo em Santa Catarina, onde ficam os cachorros

E em meio a tudo isso, Bia ainda encontrou tempo para ser tiete. A tenista brasileira fez questão de registrar o encontro com Guga, lenda da modalidade no Brasil. Certamente quando a foto foi publicada, em junho de 2016, Bia era mais jovem e menos atarefada, mas o que não deixa de ser um grande momento do esporte brasileiro

Bia Haddad enfrentou, nesta quarta-feira (7), Ons Jabeur, nas quartas de final de Roland Garros. De virada, mais uma vez, a tenista venceu a tunisiana e fez história. É a primeira vez em 55 anos que uma tenista brasileira chega às semifinais em um dos maiores Abertos da modalidade. A última foi Maria Esther Bueno, em 1968. Porém, a tenista brasileira não é somente uma grande atleta. Fora das quadras, Bia tem diversos hobbies. Um deles é a pintura. A tenista tem diversos registros de quadros que já pintou e vídeos enquanto cria as obras de arte. Na foto acima, a atleta segura o quadro que ela mesma pintou com a paisagem de Dubai, nos Emirados Árabes. Conheça outras 'faces' de Bia Haddad, além das raquetes de tênis: