Aposentadoria de Ginobili após Rio 2016 marca fim de uma geração do basquete argentino
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Por Mary Milliken
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Para a Argentina, perder para os Estados Unidos na quarta-feira e deixar o torneio de basquete da Olimpíada do Rio de Janeiro de 2016 pode ser mais fácil do que lidar com a partida do amado astro Manu Ginobili.
Ginobili confirmou que está se aposentando da seleção argentina no mesmo dia em que Tony Parker, colega do time norte-americano San Antonio Spur, anunciou o final de sua carreira na equipe da França.
Suas partidas foram agridoces, já que os dois times perderam feio nas quartas de final da Rio 2016 – a Argentina caiu diante de uma seleção norte-americana revigorada e a França diante de uma equipe espanhola em recuperação.
O técnico da Argentina, Sergio Hernández, disse ter sido um dia difícil para ele por ter tido que ver o ala-armador de 39 anos, que conhece desde a infância, fazer seu último treinamento e jogo em uma Olimpíada.
"Estamos vendo o fim de uma geração", disse Hernández. "Estamos perdendo um dos grandes times do basquete internacional".
Ginobili disputou quatro Jogos com a seleção conhecida como "A Alma Argentina" e conquistou o ouro em Atenas em 2004, um marco que catapultou seu país à elite do basquete mundial.
Em uma entrevista pós-jogo na quarta-feira, Ginobili disse à NBC Sports que teve uma "jornada maravilhosa".
"Comecei a jogar com 19, 20 anos de idade e agora estou quase com 40", contou. "Tive algumas épocas maravilhosas, algumas inacreditáveis, algumas realmente difíceis. A maioria delas com a mesma turma, bons amigos", acrescentou, depois de ser vencido pela emoção.
Na despedida, os torcedores da Argentina se congregaram nas arquibancadas da Arena Carioca 1 para saudá-lo uma última vez enquanto os EUA finalizavam uma vitória dolorosa de 105 a 78.