Edição 107 não terá a presença do mito Chris Froome, o tetracampeão da prova. Há muitos favoritos para a camisa amarela (campeão geral) e camisa verde (campeão por pontos)
Ausentes: Chris Froome (foto) e Geraint Thomas. Froome, tetracampeão (2013/15/16/17) ainda está longe da melhor forma. Recupera-se de um grave acidente (fraturou fêmur e cotovelo direitos, quadril e várias costelas numa queda na prova Criterium-2019). Ele foi escalado pela sua equipe, a Ineos, para uma prova menor, sendo confirmado apenas para a Volta da Espanha. Muitos dizem que foi uma punição ao mais completo ciclista deste século. O motivo? O britânico já avisou que deixará a equipe. O número 2 da Ineos, Geraint Thomas, também não foi escalado.
Favorito: Egan Bernal. O colômbiano de 22 anos foi campeão da Volta da França em 2019 (favorecido com a ausência de Froome) tornando-se o mais jovem vencedor da prova desde 1909. Desta vez, Com Froome e Thomas fora, a Ineos fará os gregários (ciclistas não capitães) trabalharem para ele. Não por acaso, as casas de apostas estão considerando que para cada euro apostado em Bernal, o vencedor levará apenas dois euros.
Segundo favorito: Primoz Roglic. O esloveno de 30 anos, ex-esquiador que virou ciclista, ganhou a Volta da Espanha-2019 e tenta cravar o segundo triunfo seguido em grandes voltas. Terá todo o apoio da ótima equipe Jumbo-Visma. Não é tão espetacular em subidas quanto Bernal, mas pode compensar nas etapas menos duras .
Tom Dumoulin: o holandês é um dos mais completos ciclistas da atualidade e, ao trocar a Sunweb pela Jumbo Visma, passou a ter o que sempre faltou nos últimos anos: uma equipe de gregários para auxiliá-lo. O que pega é que ele está no mesmo time de Roglic, que pode ter a preferência na hora H.
O ídolo da casa: Julian Alaphilippe. O francês fez bonito na prova de 2019, sendo vice-campeão. Ele é especialista em provas curtas e não é forte em etapas de montanha (é quase impossível ser campeão de grande prova não sendo top de linha nas subidas). Mas é muito raçudo e este ano retorna cheio de moral. A Quick-Step aposta as suas fichas nele.
Olho nele: Philippe Gilbert. O grande ciclista belga está de casa nova (deixou a BMC e foi para a Lotto) não começou bem em 2020, com as más-colocações na Omloop e Milan-San Remo. Com 38 anos, dará a sua cartada final para vencer uma grande prova.
Corre por fora: Nairo Quintana. O maior esportista da Colômbia em todos os tempos trocou a Movistar pela Arkea focado numa única coisa: vencer a prova top de linha que falta em seu currículo excepcional. Na Arkea, o Baixinho terá a vantagem de contar com o auxílio de todos os companheiros (gregários). Porém esta equipe de suporte é considerada fraca. Vai apostar nas provas de montanha, principalmente a etapa 17, a etapa mãe (principal), com duas subidas acima de 10km e inclinação 8%, para tentar compensar a fraqueza que tem nas provas de contrarrelógio.
Mais um francês: Tibaut Pinot (à direita). O vice-campeão da Criterium-2020 sempre é cotado como favorito na França. Porém, apenas em 2014 ficou no pódio (em terceiro). Deve ganhar alguma etapa, mas terá de se superar e contar com muita torcida. Sua equipe, a Groupama-FDJ ajuda pouco.
Corre por fora: Richard Carapaz. Era coadjuvante até surpreender e vencer a volta da Itália em 2019. Depois, abriu mão da Volta da França-2019 e deixou a equipe Movistar para acertar com a Ineos. Nesta edição do Tour, o equatoriano terá a prova de fogo para mostrar que seu triunfo na Itália não foi zebra e tornar-se, de vez, um top. Pega para ele o fato de a preferência na ajuda dos gregrários ficar para o campeão Bernal.
Além dos ciclistas citados acima, há aqueles que correm atrás do título por pontos. Eles buscam vencer etapas e normalmente são velocistas: brigam pela pontos nas provas planas e chegam muito atrás nas provas de montanha. Mas isso não significa que eles são menos importantes: tanto que o maior salário ente os ciclistas é de um atleta deste segmento, o esloveno Peter Sagan, que não por acaso é, também, o ciclista mais idolatrado pela torcida....
... Peter Sagan, que defende a Bora, é o cara a ser batido. Desde 2012, só não foi o campeão por pontos no Tour em 2017 e isso porque foi suspenso (quando liderava). Quer mais? É tricampeão mundial. Trata-se de um superstar.
O maior rival para a camisa verde: Elia Viviani. O italiano é o cara da equipe Cofidis , que tem nele o seu astro maior. Certamente ganhará algumas etapas. Resta saber se conseguirá vencer mais provas (ou fazer mais pontos) do que Sagan e destronar o Rei.
Olho nele: Caleb Ewan . O australiano da Lotto é a terceira força entre os velocistas e o mais jovem (tem 26 anos, Viviani e Sagan são trintões). Pode ser uma boa aposta, até porque na edição passada, venceu três das 21 etapas. Sagan foi campeão por pontos vencendo apenas uma etapa.
Olho nele: Wout Van Aert. O belga da Jumbo está voando em 2020: venceu a Monumento Milan-San Remo e a clássica Strade Bianche (provas de um dia) e foi campeão por pontos da Criterium (prova de sete etapas). Sem dúvida é o cara mais capacitado no momento para destronar Sagan. Caso consiga, entra no rol dos gigantes.
Corre por fora: Sam Bennet. O irlandês é o nome forte da equipe belga Quick Step, considerada a que tem o time mais forte de velocistas. Em 2020 ele venceu etapas em todas as provas que disputou. Pode ficar no topo do pódio em alguma etapa na França. Mas não é tão cotado para ser o dono da camisa verde.
Últimas
Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.