Superstição? Torcedor do Botafogo perde 'bandeira da sorte' a caminho de Buenos Aires
Torcedor perde bandeira depois de mais de 20 anos
Lance|Do R7
A semana da final da Libertadores começou com fortes emoções para os botafoguenses. Depois de vencer o Palmeiras por 3 a 1 e retomar a liderança do Brasileirão, o Botafogo pode colocar todo o seu foco e confiança na decisão do torneio continental, neste sábado (30), no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Confiança, por sinal, é a palavra que o torcedor alvinegro tem toda a cautela de esbanjar. Para o Rogério Donato, a viagem para a capital argentina sofreu alguns percalços pelo caminho.
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Rogério é mineiro e fanático pelo Glorioso. O torcedor decidiu encarar uma viagem de motorhome até a Argentina para assistir à final da Libertadores. Com ele, levou a "bandeira da sorte", a qual esteve presente durante toda sua vida junto ao clube do coração. Mas, antes de chegar a Buenos Aires, uma surpresa o tirou dos eixos.
— Eu sou de Minas. Moro no Rio há 15 anos. Mas meu pai é carioca, então por isso eu sempre fui Botafogo. E a gente ia aos jogos, fazia sempre bate-volta. Na primeira vez que eu fui no Maracanã, meu pai me deu uma bandeira. Algo entre 2001, 2002. E eu guardei aquela bandeira. Então, ela era de quando eu era moleque. Em todo jogo do Botafogo, eu esticava. Tinha todo um ritual. Obviamente, depois eu já não esticava em todos os jogos, mas estava sempre ali comigo.
Quando os torcedores estavam se preparando para a viagem de motorhome, usaram a bandeira, entre outros itens, para decorar o transporte. Foram cerca de três dias de viagens do Rio de Janeiro para Buenos Aires. Mas, quase ao fim da jornada, o pior aconteceu.
— A gente esticou ela do lado de fora. Então, eu prendi ela, pela parte de dentro da janela. Ela ficou presa e ali, segurando. Chegando aqui, o Matheus, um amigo meu, estava sentado do lado da janela que estava presa a bandeira. Ele não se ligou e ele abriu a janela. E eu vi a hora que ele abriu, aquele milissegundo que, não tem o que fazer. Ele abriu a janela e eu vi a bandeira escorregar. Ela voa, foi embora e sumiu.
Quando ela voou, a gente tava numa via expressa. Tipo, meio Dutra, sabe? Estávamos a 100 hm/h. Eu vi ela voando e vi ela caindo na pista. Eu vi ela se distanciando, não tinha mais o que fazer. E, basicamente, a bandeira, que eu tinha vinte e tantos anos, ficou alí. Vai ficar pra algum argentino.
Apesar do baque inicial, Rogério segue confiante para a final contra o Atlético-MG, e palpitou por uma vitória do Botafogo por 3 a 1, no próximo sábado (30). Os times entram em campo a partir das 17h (de Brasília) em busca da Glória Eterna. A expectativa da Conmebol é de um público de aproximadamente 70.000 pessoas no Monumental de Núñez.
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