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Rublev faz desabafo sobre decisão de Wimbledon em banir russos

Tenista russo afirma que governo britânico não está comprometido com a paz

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Após se garantir nas quartas de final do ATP 250 de Belgrado, na Sérvia, o russo Andrey Rublev, 8º da ATP, se emocionou ao falar com os jornalistas sobre o banimento que ele, seus compatriotas e bielorrussos sofreram nesta quarta-feira por parte de Wimbledon.

"Fiz um comunicado sobre a situação e não quero ter de responder estas perguntas novamente. Então, farei um novo 'comunicado' e espero que isso deixe as coisas claras", iniciou o russo, que pediu desculpas aos jornalistas sérvios por não conseguir expressar-se como gostaria.

"Primeiramente, eu não sou político. Eu não sei de nada, eu não tenho lido as notícias, não tenho seguido, porque eu estou trabalhando duro para jogar tênis. Este é o meu trabalho. Eu não tenho educação (grau de instrução). Vou tentar explicar como me sinto. Desculpas pela minha língua e porque não sei as palavras inteligentes e educadas - especialmente para este tipo de questões sérias. Vou tentar simplificar", pontuou.

"Ontem, nós tivemos uma chamada - alguns jogadores e Wimbledon - apenas para falar da situação e talvez encontrar alguma solução. Para ser honesto, as razões que eles deram (para banir os jogadores) não têm sentido. Não há nem uma lógica no que eles propuseram", disparou.

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"Eu entendo, por exemplo, se eles nos banirem - aos russos e bielorrussos - e isso ao menos mudasse um pouco as coisas ou ajudasse. Mas isso não vai fazer nada, nada vai mudar, nada...", opinou.

"O que está acontecendo agora é uma completa discriminação contra nós e há mais, acho, que o governo britânico está propondo, Se eles estão a favor da liberdade de expressão, em que se está apto a falar (no sentido de que a decisão está inconsistente nesse ponto)", seguiu.

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"Eu estava explicando isso, se é que nós queremos ajudar. Por fim, nós propomos a Wimbledon - e espero que isso faça sentido e que eles pensem sobre - que é o mínimo termos a chance de escolher se queremos ou não jogar. Se há algum comunicado que precisamos assinar, sobre isso, dar todo a premiação em dinheiro para a ajuda humanitária - para as famílias que estão sofrendo, para essas crianças que estão sofrendo", propôs ele dando a entender que os demais tenistas concordam com essa possibilidade.

"Se nós fizermos esse tipo de coisa, significa e mostrará que o governo (britânico) está apoiando a paz e ele estão tendo uma ação para ajudar. Acho, que calculando por cima, pode ser (dependendo do resultados de todos os jogadores) algo acima de 1 milhão de libras. Isso é muito. É muito dinheiro que o esporte pode doar em dois meses. O tênis será o primeiro e único esporte a doar tal montante, isso através de Wimbledon. Eles ficarão com a glória, com o respeito de todos - não nós, porque ninguém liga pra gente. Acho que esse é o melhor movimento a se fazer e vejamos", destacou.

"No fim das contas, nós queremos competir. Nós não estamos aqui para falar de política, porque eu não tenho ideia disso. No fim das contas eu sou russo, nasci na Rússia e morei minha vida toda na Rússia. Quero apenas mostrar que somos boas pessoas. No meu caso, tento ser humilde, educado e agir da forma correta. Espero que isso esclareça as coisas".

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