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Retomada da Chapecoense, caminho para os títulos e planos para a Série A: Umberto Louzer abre o jogo ao L!

Treinador da Chapecoense cita dificuldades no início do trabalho, destaca recuperação da confiança do elenco durante a temporada e diz que permanência na Série A é a meta

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Depois de um 2019 conturbado, que culminou com o rebaixamento para a segunda divisão, a Chapecoense reuniu forças para se reconstruir. O caminho teve contratempos e um nome teve papel importante para devolver a alegria na Arena Condá: Umberto Louzer. Em entrevista ao L!, o treinador comentou a dificuldade do início do trabalho, a recuperação da confiança do elenco e o árduo caminho para as duas taças — Campeonato Catarinense e Série B.

+ Foguinho fala sobre expectativa de faturar mais um título com a Chape

Se a temporada encerrou com a Chapecoense em alta, o início foi complicado. Quando desembarcou na Arena Condá, Umberto Louzer encontrou o Verdão do Oeste na luta contra a degola no Catarinense. Ele explica como foi o trabalho de resgate da confiança do elenco.

- Quando cheguei à Chapecoense o time estava na última colocação do estadual e amargava um rebaixamento para a Série B, situação que causava temor ao caixa do clube. O elenco estava sem confiança e a minha primeira meta foi o lado emocional de recuperar o ânimo deles e a confiança para que cada um pudesse render melhor dentro de campo.

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- Com o tempo as coisas se encaixaram, a eliminação na Copa do Brasil nos deu mais tempo para trabalhar, inserimos alguns trabalhos táticos e conseguimos a classificação para o mata-mata, onde pegamos o Avaí. Conseguimos eliminar o adversário, faturamos o título do Catarinense e isso embalou o elenco para a sequência do ano - disse o treinador.

No primeiro bate-papo com a diretoria, Louzer soube das expectativas dos dirigentes e contou que tinha como meta levar a Chape de volta à Série A.

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- Toda vez que um clube me procura, eu pergunto o que eles esperam do trabalho para saber se posso entregar e o que a diretoria vai me ofertar. Na ocasião, a diretoria me disse que a Chapecoense precisava chegar entre os quatro do Catarinense e se manter na Série B, pois assim o time teria uma base e brigaria pelo acesso em 2021. Eu até brinquei com eles e disse que na Chape iria casar com a Série B. Quando estava no Guarani fiquei perto de entrar no G4, no Coritiba briguei pela liderança, mas saí do G4 e agora tinha a meta de garantir um acesso.

Alan Ruschel - Chapecoense
Alan Ruschel - Chapecoense Alan Ruschel - Chapecoense

Capitão da Chape levantando a taça da Série B do Brasileirão (Divulgação/MS+)

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SENTIMENTO DE SER CAMPEÃO

O título da série B de 2020 foi o primeiro título nacional conquistado na história da Chapecoense. Umberto destacou que tem muito orgulho em fazer parte da “família Chapecoense” e afirmou que a cultura local é totalmente diferente. Como é o único clube da região, a cidade abraça o time e até no supermercado recebe mensagens de apoio dos torcedores.

- Demorou um ou dois dias para a ficha cair de fato. Hoje, você olha para trás e vê que tudo valeu a pena, todas as renúncias e tudo aquilo que nós sacrificamos para conseguir esse objetivo.

- Quando você vê que conseguiu atingir (o objetivo) e o Allan Ruschel está erguendo o troféu, não tem como não vir as lágrimas. Passa um filme na cabeça de tudo que você viveu e vem esse mix de sensações, é muito prazeroso mesmo. É motivo de orgulho fazer parte dessa família.

DEFESA MENOS VAZADA

A Chapecoense sofreu apenas 21 gols nas 38 partidas que disputou, o que foi a melhor marca da série B de 2020. Umberto revelou que, no período da intertemporada, passou treinamentos e ideias ofensivas e defensivas “de ordem individual e, depois, por setor”. De acordo com ele, para disputar a competição, é importante ter uma boa consistência defensiva.

- A Chapecoense é um clube que tem esse DNA competitivo, é uma equipe que tem que lutar até o fim e ser aguerrida, mas, de forma organizacional. Você tem que ter as suas ideias, e os atletas tem que ter um padrão para que eles saibam o que fazer em determinadas situações.

- Isso é uma coisa que eu gosto de fazer no meu dia a dia de trabalho: dar conteúdo e carga igual para todos eles para, quando tivermos a possibilidade de dar uma oportunidade para um atleta, ele possa estar inserido e saber o que fazer dentro de campo. Isso foi uma vantagem para nós, trabalhar todos da mesma maneira.

IMPORTÂNCIA DE ALAN RUCHEL

Um dos sobreviventes no acidente aéreo de 2016, Alan Ruschel ficou no Verdão do Oeste e conduziu o elenco com a sua liderança. Peça importante de Louzer, o lateral levantou a taça de campeão da Série B e ganhou ainda mais a admiração do comandante.

- O Alan é um cara especial. Um coração gigantesco e pronto para ajudar o próximo. Eu tenho uma relação com o Ruschel devivo ao Juventude, onde atuamos juntos. Ele me ajudou muito, foi o meu capitão, uma liderança dentro e fora de campo.

- O Alan tem um papel importante nestes títulos (Catarinense e Série B) por conta da condução do vestiário. Ficamos felizes em vê-lo com o troféu da Série B na mão, já que a Chape nunca tinha conquistado este título. Sou grato a ele e ao grupo dos atletas. Todos foram homens.

META DA CHAPE NA SÉRIE A

Após garantir o acesso, Umberto Louzer mantém os pés no chão e cita que a Chape precisa se manter na elite para depois buscar voos mais altos.

- Creio que, por tudo que eu venho conversando com a diretoria, a principal meta da Chapecoense é se manter na elite e o quanto antes fizer isso, melhor. Assim podemos tentar uma briga por coisas mais interessantes, como, por exemplo, a Sul-Americana.

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