Talvez, a maior decepção da história da Seleção Brasileira em Mundiais. Apesar de o regulamento não ter uma partida final, uma coincidência fez com que o confronto entre essas duas seleções definisse o título. Em números oficiais, mais de 170 mil pessoas estavam no Maracanã para presenciar o primeiro título mundial da Seleção, que até saiu na frente. Mas os torcedores presentes não esperavam uma virada uruguaia, deixando uma ferida que nunca cicatrizou na história da Seleção.
Bagunça na preparação: Copa de 1966
Essa decepção não pode ser resumida em apenas um jogo. O Brasil chegava ao Mundial da Inglaterra como atual Bicampeão Mundial e favorito novamente à conquista. Mas com uma preparação desorganizada, que chegou a contar com mais de 40 jogadores convocados, escolhas baseadas em critérios políticos, jogadores envelhecidos e a lesão de Pelé, que foi caçado nos jogos que disputou e acabou se machucando, a Seleção Brasileira acabou sendo eliminada ainda na primeira fase do torneio.
O 'Tico-tico no fubá': Copa de 1974 - Brasil 0x2 Holanda
Após o Tri, conquistado no México, Zagallo foi novamente com a Seleção para a disputa de um Mundial, dessa vez na Alemanha. O Brasil estava entre as favoritas, apesar de não contar mais com Pelé. Entretanto, na disputa da segunda fase, que também era de grupos, a Seleção Brasileira não foi páreo para a Laranja Mecânica de Cruyff e RInus Michels, no jogo que valia vaga para a final. Antes da partida, Zagallo chegou a desmerecer o adversário, dizendo que não havia nada de revolucionário na Holanda, e ainda chamou o modelo de jogo da equipe de 'tico-tico no fubá'. Os europeus venceram por 2 a 0 e mandaram o Brasil para a disputa de terceiro lugar.
Derrota do 'futebol arte': Copa de 1982 - Brasil 2x3 Itália
A equipe de Telê encantou o mundo com seu futebol ofensivo, de toque de bola e muita movimentação. Por ter melhor campanha, a Seleção Brasileira ainda tinha o direito de empatar diante da Itália, mas o carrasco Paolo Rossi não deu margem para o Brasil: com três gols, classificou a Itália às quartas e eliminou a Seleção Canarinho, no jogo que ficou conhecido como 'Tragédia do Sarriá', em referência ao estádio da partida.
Derrota nos pênaltis: Copa de 1986 - Brasil 1x1 França (nos pênaltis, 3x4)
Em 1986, novamente Telê Santana foi com a equipe brasileira tentar o tetracampeonato, mas o resultado foi igualmente decepcionante. Dessa vez, diante da rança de Platini, o Brasil acabou sucumbindo na disputa de pênaltis. Zico, que estava machucado, e Sócrates desperdiçaram suas cobranças, eliminando o Brasil de maneira precoce em mais um Mundial.
A 'Era Lazaroni': Copa de 1990 - Brasil 0x1 Argentina
O ciclo para a Copa de 1990 foi conturbado, iniciando pela escolha de Sebastião Lazaroni como treinador da Seleção. Ao longo dos anos de preparação, atuações inconstantes e escolhas questionáveis fizeram com que a equipe não contasse com muita simpatia da torcida. Problemas internos, como brigas por divisão de premiação, também permeavam o ambiente. Por ironia do destino, nas oitavas de final, diante da Argentina, essa equipe cheia de problemas fez seu melhor jogo no Mundial, criando inúmeras chances claras para marcar. Mas após uma arrancada genial de Maradona, a Argentina matou o jogo com gol com gol de Caniggia, tirando o Brasil do Mundial ainda nas oitavas.
Show de Zidane: Copa de 1998 - Brasil 0x3 França
Em que pese a polêmica da convulsão de Ronaldo horas antes da partida, a Seleção Brasileira não estava preparada taticamente para enfrentar os donos da casa. A inoperância do Brasil diante da defesa francesa foi notável e o gosto amargo dessa final permanece até hoje na boca dos torcedores brasileiros.
A queda do 'quadrado mágico': Copa de 2006 - Brasil 0x1 França
A preparação bagunçada foi apenas a ponta do iceberg na eliminação que, mais uma vez, contou com grande atuação de Zidane a favor dos franceses. O gol de Henry, na bola parada, fez com que muitas pessoas culpassem Roberto Carlos e seu meião pela eliminação, mas novamente a Seleção brasileira apresentava uma forma de jogar que não era mais condizente com o futebol da época. Era o fim do 'quadrado mágico', formado por Kaká, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano.
Vexame em casa: Copa de 2014 - Brasil 1x7 Alemanha
A maior derrota da história da Seleção Brasileira nas Copas. Foram sete gols tomados, em casa, em uma semifinal de Copa - fase que o Brasil não alcançava desde 2002. Isso já é o suficiente para dar a noção do vexame.
Vitória da 'geração belga': Copa de 2018 - Brasil 1x2 Bélgica
Com Tite no comando, a Seleção Brasileira fez uma fase de grupos inconstante, com atuações ruins e resultados apertados. No mata-mata, depois de superar o México, o adversário da vez foi a Bélgica, de Hazard e De Bruyne. Os belgas abriram 2 a 0 e depois seguraram a pressão do Brasil no segundo tempo. Pela falta de bola durante todo o mundial e pela pressão que não surtiu resultado, essa eliminação foi uma grande decepção.
Copa de 2022 - Brasil 1x1 Croácia (nos pênaltis, 2x4)
A classificação na liderança das eliminatórias, a boa fase dos atacantes da equipe e a goleada em cima da Coréia do Sul na fase oitavas de final davam toda a pinta que o Brasil passaria fácil pela Croácia. Mas a experiência e força mental dos europeus se sobressaíram: os croatas empataram a partida após sair atrás no placar e venceram nos pênaltis. O sonho do Hexa fica para 2026.
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