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Referência no breaking, Ronnie avalia crescimento do esporte no mundo e vê Brasil com força

Americano fala ao LANCE! sobre o processo de transformação da dança em modalidade olímpica e analisa destaques mundiais. Ele é embaixador de evento no Rio de Janeiro

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Embaixador do Breaking do Verão e um dos melhores b-boys do mundo, o americano Ronnie Abaldonado acompanha de perto a evolução do esporte e a sua passagem de dança para modalidade olímpica, o que acontecerá já em 2024, em Paris. Em entrevista ao LANCE!, ele comenta que após o anúncio do COI, muitos b-boys e b-girls passaram a viver do breaking.

- Desde o anúncio (em 2019), eu vi a motivação crescer. Eles (b-boys e b-girls) enxergam uma oportunidade de ter uma vida melhor, de viver da modalidade, que agora tem vários patrocinadores entrando em cena, como a Adidas, Nike, Red Bull... A alemã Jilou, por exemplo, hoje é patrocinada pela Nike - comentou Abaldonado, que tem parceria com a empresa de energético.

Ronnie nasceu e cresceu em Las Vegas, onde foi apresentado ao breaking. Ele viu muita coisa mudar na dança/esporte, que antes era disputada em grupos de dez. Depois, passou de 2 x 2 e agora é só um contra um. Além disso, algumas mudanças são necessárias para que a expressão social seja vista também como esporte. No entanto, ele acredita que a essência do breaking ficou:

- Também vejo pessoas de antigas gerações querendo voltar ao breaking, aproveitando esta oportunidade que está surgindo com a inclusão nos Jogos Olímpicos. Não é mais somente um lazer. Mas vejo a cultura do breaking mantida - comentou Ronnie, que tem origem filipina.

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Apesar de ser uma das referências do esporte, o b-boy de 38 anos não está na disputa do Breaking do Verão, que terá as suas semifinais e finais neste domingo. Ronnie, no entanto, deve estar em Paris, competição que ele mira toda a sua atenção, muito por conta da idade.

- Eu comecei em 1993, com dez anos, e, aos poucos, o esporte me proporcionou apresentações em minha cidade e no resto do mundo. Haverá qualificatórios em todo o mundo. Você ganhará pontos para integrar as finais nacionais. E os melhores irão para as finais mundiais. Cada país terá eventos com batalhas que irão classificar. O Brasil terá seus eventos qualificatórios - analisou Ronnie, que também é ator.

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O Breaking do Verão começou no último sábado, quando teve as oitavas e quartas de finais. No masculino, as semifinais serão Laeget (FRA) x Sunni (ING) e Leony x Kapu, sendo esses dois últimos brasileiros. Dos 16 convidados para a competição entre os homens, 12 são brasileiros e quatro estrangeiros. O torneio acontece no Parque Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Confira o bate-papo completo com Ronnie Abaldonado

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Fale um pouco mais sobre o esporte e suas especificidades

O interessante é que quando vou a eventos, cada lugar tem um jeito diferente. Aqui no Brasil, por exemplo, a música é muito forte. Na Coreia, tem o taekwondo desde muito jovens, eles são os melhores do mundo nas soltas de jogadas no ar etc. Em geral, vejo o trabalho do foot (com os pés) como o diferencial. Quando você começa a aprender o breaking, o básico é o footwork. Dele, vem o resto das coisas.

Quais países você vê como destaque no esporte hoje?

Para mim, a Rússia, o Japão, a Coreia, o Brasil e os EUA estão entre os melhores do mundo. Antes, era cultura de rua, mas agora é competição, estamos em uma transição. Somos atletas.

E no Brasil, quem você vê como grande nome?

O Luan San, que está no torneio. No ano passado, ele ficou em quarto lugar no Mundial de Paris. E isso em um torneio com 40 países. Ficar no top-4, sem dúvidas, é muito importante. Uma das coisas legais do breaking é que você nunca sabe o que acontecerá no dia. Tudo pode mudar em um dia.

Fale um pouco mais sobre os critérios de julgamento

Eles estão olhando para uma combinação de fatores para julgar os atletas. O breaking pega muitos elementos de diferentes culturas. Capoeira é um deles. Enquanto ele corre o mundo, vai criando uma combinação de cultura e dança. São quatro elementos básicos: Top Rock, Footwork, Power Moves e Freeze. Basicamente, são Execução de movimento, Criatividade, Musicalidade, Limpeza dos movimentos e Não deixar passar erros. O breaking, assim como o DJ, o MC e o grafite, faz parte dos quatro pilares do hip hop.

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