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Piqué chora ao se defender em processo judicial; entenda

Ex-jogador foi ao tribunal se defender de alegações de participação em esquema ilegal

Lance

Lance|Do R7

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Piqué, ex-zagueiro campeão do mundo, chorou ao se defender de suposta participação em esquema irregular que fez a Supercopa da Espanha ser disputada na Arábia Saudita. O lendário zagueiro da Espanha se emocionou ao dizer que o caso tem afetado a sua reputação e vida pessoal, alegando que vem sofrendo com a investigação do processo judicial.

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Gerard Piqué é um dos investigados em um esquema supostamente irregular milionário que fez a Supercopa da Espanha não ser disputada em seu país de origem. A investigação apura possíveis ilegalidades em contratos entre a Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e a empresa saudita Sela Sports.

Piqué é um dos donos da empresa Kosmos, que teria sido usada como meio de intermediação na negociação. Por isto, o ex-zagueiro supostamente recebeu uma comissão de cerca de 4 milhões de euros anuais (cerca de R$ 22 milhões), totalizando 24 milhões de euros (R$ 132 milhões) pela negociação, durante seis anos.


O ex-jogador prestou depoimento nesta sexta-feira (14), ao Tribunal de Instrução número 4 de Majadahonda, nos arredores da cidade de Madri. Piqué afirmou ter atuado como agente do país asiático, e não da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), negando ter recebido qualquer quantia. No processo, o jogador foi incluído em uma lista de envolvidos na negociação, ao lado dos ex-presidentes da RFEF Luis Rubiales e Pedro Rocha, suspeitos de corrupção empresarial, administração desleal e lavagem de dinheiro.

Entenda o 'Caso Supercopa'


A controvérsia gira em torno de um contrato firmado em 2019 entre a RFEF, a empresa saudita Sela Sports e a Kosmos, de Piqué. O acordo resultou na realização da Supercopa da Espanha na Arábia Saudita, com a federação espanhola recebendo um pagamento total de 264 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,4 bilhão).

De acordo com a investigação conduzida pela Guarda Civil da Espanha, Piqué não apenas foi o responsável pela intermediação do acordo, mas também ajudou a incluir uma cláusula no contrato que garantia o pagamento de sua comissão. Essa cláusula estipulava que, caso a Sela não cumprisse o pagamento à Kosmos, a RFEF poderia rescindir o contrato.


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A Unidade Central Operativa (UCO) da Guarda Civil levanta a hipótese de que a atuação de Piqué tenha sido em benefício da própria RFEF, e não da empresa saudita, sugerindo possíveis indícios de tráfico de influência e corrupção no esporte.

Em sua defesa, Piqué rejeitou qualquer acusação de ilegalidade e afirmou que o pagamento à Kosmos seguiu as práticas do mercado, argumentando que “sem sua empresa, o contrato jamais teria sido concretizado”.

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