Torcida da Lazio é novamente denunciada por apologia ao nazismo em clássico italiano

Ultras já haviam sido acusados de cometer o mesmo crime; ministro de esportes italiano se pronunciou sobre episódio

21/03/2023 - 12h38 (Atualizado em 15/02/2024 - 17h08)

Nesta segunda-feira (21), a torcida da Lazio foi mais uma vez acusada de cometer crimes de antissemitismo, desta vez em clássico contra a Roma, vencido pelos Biancocelesti por 1 a 0. Durante a partida, cânticos contra judeus foram entoados, além de uma foto de um torcedor ter viralizado. Nela, o homem vestia a camisa 88, número usado pelos nazistas para designar a frase "Heil Hitler" e o nome Hitlerson, traduzido como "Filho de Hitler".

"Um setor inteiro entoando cânticos antissemitas, um "torcedor" nas arquibancadas com a camisa Hitlerson e o número 88 e nós, como sempre, os únicos a nos indignar e protestar. Como é possível que todos continuem a ignorar isso?", afirmou a presidente da comunidade judaica romana, Ruth Dureghello, em suas redes sociais.

Esta não é a primeira vez que a torcida da Lazio é indiciada por crimes de antissemitismo. Em 2017, a torcida preparou uma imagem de Anne Frank, jovem judia que morreu em um dos campos de concentração nazista, usando a camisa da Roma. Duas semanas atrás, em clássico contra o Napoli, gritos racistas que ofendiam o centroavante nigeriano Victor Osimhen e cânticos que faziam referência ao Holocausto foram ouvidos, tendo sido aberta uma investigação para os atos.

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"Impossível fazer de conta que nada está acontecendo. Vou fazer a minha parte, como sinto que tenho que fazer. O respeito é algo devido e inegociável", afirmou o ministro de esportes italiano, Andrea Abodi, em resposta a Ruth Dureghello. As investigações da Federação Italiana de Futebol (FIGC) já foram iniciadas.

Fim de uma era! Rafael Nadal não está entre os 10 melhores tenistas do mundo após 17 anos

Depois de 17 anos, 10 meses e 24 dias entre o top 10 do tênis mundial, Rafael Nadal é "apenas" o 13º colocado. A posição de ATP do espanhol foi divulgada nesta segunda-feira (20), após o fim do torneio de Indian Wells, nos Estados Unidos, e pôs um fim na maior sequência da história de um tenista entre as dez melhores posições

A estreia do espanhol no top 10 do ranking de ATP aconteceu em abril de 2005, três anos após a profissionalização. Na época, o tenista de 18 anos havia derrotado o então nº 1 do mundo, Roger Federer, no primeiro duelo entre os dois. Meses mais tarde, em agosto, conquistou o primeiro título do circuito internacional, no ATP 250 de Sopot, na Polônia

Em 2005, aos 19 anos, o atleta iniciou a melhor sequência de títulos da carreira e venceu um Grand Slam pela primeira vez, em Roland Garros. Um ano mais tarde, em 2006, conquistou outro título do Major da França. De 2007 a 2014, foram mais 11 títulos de Grand Slam

O fim da temporada de 2014 de Nadal, assim como o início da 2023, foi marcado por lesões e cirurgias. Em novembro, o "Touro Miúra", apelido dado ao espanhol pela força física, passou por uma cirurgia de apendicite e ficou de fora do Masters 1000 de Paris. Em 2015, ainda se recuperando de lesões, não venceu nenhum título de Grand Slam

O ano de 2022 consagrou Nadal como o recordista de títulos de Grand Slam masculinos. No início da temporada, venceu o Aberto da Austrália, o 21º título da carreira, e bateu o recorde de Roger Federer e Novak Djokovic, que detinham 20 importantes títulos. Em Roland Garros, na França, venceu Casper Ruud e levantou o 22º título de Grand Slam

Em 2023, durante o Aberto da Austrália, Nadal sentiu um desconforto no quadril. Após passar por exames, foi confirmado que o tenista tinha um problema de grau 2 no iliopsoas, que é o músculo principal da articulação dos quadris. A expectativa era de que o tenista retornasse às quadras entre seis e oito semanas. Fora do Aberto da Austrália, do ATP de Acapulco e do Masters 1000 de Indian Wells, o atleta perdeu 3.055 pontos, o que lhe custou posições no ranking

Rafael Nadal ficou perto de bater a marca de Roger Federer, que detém o recorde de semanas no top 10, com 968 semanas. Por outro lado, o espanhol é o recordista de semanas consecutivas no top 10, com 934 semanas

Por mais que Rafael Nadal esteja ausente das quadras e fora do top 10 da ATP, seu legado continua vivo no tênis. Casper Ruud, derrotado por Nadal na final de Roland Garros de 2022, treina na Academia Rafael Nadal desde setembro de 2018 e tem o espanhol como ídolo. O ídolo já elogiou o fã: "Casper é um profissional. Acho que ele tem a personalidade certa para jogar tênis. Ele é muito relaxado e humilde. Está sempre com postura positiva para aprender"

Também da Espanha, Carlos Alcaraz já foi mencionado como o novo Rafa. O tenista de 19 anos venceu o Aberto dos Estados Unidos de 2022 e alcançou a segunda melhor colocação mundial. Atualmente, o jovem é o nº 1 do mundo, na frente de Novak Djokovic. Ele pode manter o topo do ranking se vencer no Masters 1000 de Miami, que se iniciou no domingo (19)

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