Diferente e problemas: o estilo de Fernando Diniz que chega ao Flu
Trabalho do treinador no Athletico mostra necessidade do Flu mudar o estilo para acompanhar ideias do novo comandante
Futebol|Do R7
A chegada de Fernando Diniz ao Fluminense traz um ar diferente ao que o clube vinha adotado com Abel Braga e Marcelo Oliveira. Com um estilo de jogo mais "revolucionário", o treinador assumiu a missão de ajudar na reconstrução tricolor para a próxima temporada. Seu estilo de jogo, porém, precisará passar por adaptações para funcionar no time do Flu atual.
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– Tenho que melhorar o que venho fazendo. Acreditam que falta de qualidade dificulta a implantação do meu estilo de jogo. Tendo a achar que é ao contrário. Quero facilitar para os jogadores terem prazer e coragem de jogar. O jeito de jogar que proponho é para facilitar. Quando tem qualidade técnica e humana, tem mais chance de ganhar. Mas o estilo de jogo é uma solução. A essência do jogo que eu proponho se adapta ao jogador independente da qualidade técnica. Acredito muito que é possível implantar o sucesso do Audax. É preciso tempo - disse o técnico em sua apresentação no CT.
Quando Diniz foi demitido do Athletico-PR, a equipe estava na vice-lanterna, com um aproveitamento de 34%. Em números do 'Footstats', o Furacão era líder em passes do Brasileirão e Santos era o goleiro com mais toques de bola, destacando-se, inclusive, a eficiência nesse quesito. No entanto, o time era o que tinha mais finalizações sofridas e apenas o 20º em desarmes.
Falando ainda dos passes trocados, o time paranaense foi o quarto nesse quesito no ano, atrás de Grêmio, Atlético-MG e Corinthians. Para se ter ideia, o Flu trocou um total de 14.248 passes contra 17.145 do Athletico. Na posse de bola, a equipe do treinador tinha uma média de 77,1% de posse de bola, enquanto o Tricolor somou, em todo ano, 48,84%.
Um dos pontos de maior preocupação para Diniz está justamente nos passadores do time. O Fluminense perdeu seus jogadores líderes nesse quesito: Richard, para o Corinthians, Ayrton Lucas, vendido ao Spartak Moscou, e Léo, que não será aproveitado. O lateral-direito Gilberto e o zagueiro Digão também podem sair.
Em termos de finalizações, no Campeonato Brasileiro, o Athletico de Fernando variava muito nas partidas. Em casa, por exemplo, os números eram melhores do que fora. Em cinco partidas em seus domínios, foi uma média de 14,2 chutes. Já longe da Arena da Baixada, a média caiu para 10,1 em sete jogos.
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