O zagueiro espera retribuir, dentro e fora de campo, o carinho que recebe da Fiel
LanceAntes de ser oficialmente apresentado ao torcedor corintiano, Fabián Balbuena conversou com Flávio Ortega, da comunicação do Corinthians. O zagueiro, que participou do treino com o elenco nesta segunda-feira (18), evitou o rótulo de ídolo, falou sobre sua identificação com o Timão e o torcedor corintiano e detalhou o aprendizado no futebol europeu.
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Mesmo com os títulos paulistas em 2017 e 2018 e o Brasileirão de 2017, Balbuena não se considera um ídolo do clube alvinegro. O zagueiro espera retribuir, dentro e fora de campo, o carinho que recebe da Fiel.
"Não sei se chamaria de ídolo, mas, como falo com alguns amigos corintianos, sempre senti o carinho do torcedor, vou estar sempre grato a eles. Não sei se sou merecedor de tanto carinho, saí do Corinthians há quatro anos e o pessoal não parou de estar em contato comigo. Sempre que estiver aqui, dentro ou fora de campo, vou tentar dar o meu melhor para poder retribuir esse carinho que a Fiel tem comigo e com a minha família", afirmou o jogador de 30 anos, que assinou por empréstimo até a metade de 2023.
Balbuena ficou conhecido pela raça e entrega dentro das quatro linhas, traços que, para ele, todos os atletas que passam pelo Corinthians possuem.
"Todos os jogadores que estão no Corinthians fazem isso também, isso está instalado faz tempo no Corinthians. É uma identidade. A gente trata de representar, fazer o melhor por essa camisa. Sou muito identificado com isso. Dentro de campo vai ser isso, vontade, tentar fazer um bom trabalho para conseguir os resultados", disse.
Balbuena também falou sobre a música à qual os torcedores corintianos o associaram na primeira passagem do "General" pelo Parque São Jorge: "É sangue no olho, é tapa na orelha, é o jogo da vida, e o Corinthians não é brincadeira".
"É uma música que vem faz tempo. Dentro de campo a gente ouve. É uma música que eu gostei na época, tive a oportunidade de brincar fora do ar. Ficou como símbolo do Paulistão de 2018. Fica na memória dos torcedores e jogadores", afirmou.
Durante os dois anos em que defendeu o Timão, 2017 se destacou na carreira do paraguaio, que conquistou o Paulistão e Brasileirão daquela temporada. Ele marcou contra o Palmeiras durante o Campeonato Brasileiro e foi eleito o melhor zagueiro do campeonato.
"Quando você conquista títulos, independentemente de onde for, tem uma marca bonita e sempre leva no coração. Foi um ano muito bom, conseguimos títulos, e o mais importante foi o caminho para conseguir. Tem muitos times lutando para ganhar, e só um consegue. Todos se sacrificam para melhorar e chegar lá em cima. Naquele ano conseguimos, e o trajeto foi muito legal e vai ficar na memória", relembrou.
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Pouco após vencer o Estadual de 2018, o jogador se transferiu para o West Ham, da Inglaterra, que pagou a multa rescisória do atleta, que era de R$ 18 milhões à época.
O paraguaio revelou que o período no futebol inglês, o qual considera ter a melhor liga do mundo, foi de extrema importância para sua evolução na carreira.
"Em lugar novo você sempre aprende alguma coisa. Na Premier League, que acho a melhor liga do mundo, aprendi muito desde o começo. Aproveitei cada treino, porque é uma liga muito boa. Os jogos, independente dos adversários, ambiente pré-jogo, atmosfera do aquecimento, no meio do jogo, pós-jogo. Logicamente, enfrentando os melhores jogadores do mundo você aprende, nos treinos, a intensidade. Tem muitas coisas que o jogador incorpora na forma de jogar. Foi uma etapa muito boa, cresci como profissional", revelou.
Após o período defendendo os Hammers na Inglaterra, Balbuena se transferiu para o Zenit, da Rússia. O defensor valorizou a experiência em uma nova cultura e comparou o povo russo ao paraguaio.
"Logo fui para a Rússia, idioma faz diferença lá, também aprendi muito. Liga não muito forte como a Premier League, mas tem a dinâmica, liga intensa. Esse tipo de mistura de culturas é muito boa, porque você conhece pessoas que na prévia se comportavam de uma forma. O povo russo é muito receptivo. Comparava com os paraguaios, sentia essa semelhança", contou.
Por fim, o zagueiro explicou o motivo do retorno ao Corinthians e elogiou a mescla entre jogadores veteranos e atletas mais jovens.
"Independente de o Balbuena voltar, o Corinthians está brigando por tudo, e vai continuar. Tem um elenco muito grande, você citou alguns jogadores de qualidade, os jovens também, demonstrando muita personalidade. Essa mistura de juventude com experiência sempre traz bons resultados, e está trazendo. A ideia é continuar, vim para somar, não vim com cartaz de titular, sou mais um aqui, vou tentar ajudar desde onde estiver, jogando ou não, para seguir nessa caminhada e tentar conseguir os títulos", concluiu Balbuena.