ANÁLISE: Vítor corrige os próprios erros, mas atuação do Corinthians no Majestoso deixa o alerta ligado
Contra o São Paulo, o Timão foi inoperante no primeiro tempo, mas reagiu na etapa final e buscou o empate
Futebol|Do R7
O Corinthians tinha dois objetivos claros para o Majestoso contra o São Paulo: dar uma resposta à torcida em clássicos e manter a liderança do Brasileirão. O empate por 1 a 1 com o Tricolor assegurou mais uma rodada ao Timão na ponta do campeonato, mas o desempenho contra os rivais paulistas segue sendo motivo de preocupação.
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Nos cinco clássicos disputados por Vítor Pereira, o clube alvinegro conquistou apenas um dos 15 pontos possíveis, obtendo um aproveitamento de 6%. Nos outros 15 jogos com o treinador português, a equipe conquistou 32 dos 45 pontos possíveis, e o aproveitamento sobe para 71%.
Na tentativa de vencer o seu primeiro clássico, Vítor Pereira novamente escalou uma equipe inesperada. O lusitano optou por um esquema de cinco defensores, sendo Mantuan e Fábio Santos os alas. O meio-campo foi formado por Du Queiroz, Maycon e Renato Augusto. Mais à frente, Willian caia pela esquerda, e Jô fazia o pivô.
Mesmo com três meias que sabem sair jogando com facilidade, o Corinthians no primeiro tempo teve muitas dificuldades para contornar a pressão adversária e oferecer perigo ao gol de Jandrei. Só nos primeiros 10 minutos, em falta cobrada por Willian, e no gol anulado de Jô, o clube alvinegro esboçou uma postura ofensiva.
No restante da primeira etapa, o Timão teve muitas dificuldades em conter a troca de passes são-paulina entre a linha da zaga e os meias.
A facilidade com que o time visitante penetrava na área de Cássio indicava quem era superior no Majestoso. Outro número que retratou bem o primeiro tempo foram os escanteios: oito para o São Paulo e dois para o Corinthians.
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O goleiro do Timão tentou, mas nem mesmo suas três defesas milagrosas impediram que o Tricolor marcasse o primeiro gol, colocando justiça no placar.
Para o segundo tempo, Vítor Pereira mudou o esquema tático. O português tirou Gil e colocou Adson. Dessa forma, o Corinthians passou a jogar em um 4-3-3, forçando mais o jogo pelas beiradas.
Com um jogo mais fluído, o clube alvinegro soube aproveitar o calor das arquibancadas e virou o momento do clássico, assumindo o controle da bola, mas ainda penando na conclusão das jogadas.
A apreensão na Neo Química Arena aumentava com o passar do tempo. Os corintianos não queriam ver o tabu ser quebrado, e clamavam pela entrada de Róger Guedes. Vítor Pereira entendeu que era momento de mudar, mas não colocou o camisa 9. O português optou por Piton, Giuliano e Júnior Moraes.
E a jogada do gol teve participação de três jogadores que entraram no segundo tempo. Júnior Moraes tabelou com Piton, o lateral invadiu o corredor esquerdo e cruzou para a entrada da área, onde Adson acertou bela cabeçada, empatando a partida.
O nervosismo na Neo Química Arena se transformou em esperança. De repente, os 44 mil torcedores presentes sonhavam com a virada, e Renato Augusto com a sua perna direita quase fez a Fiel entrar em delírio com seu conhecido chute de fora da área, mas a bola passou ao lado da trave de Jandrei.
Pela maneira como a partida se conduziu, o lance final tinha que ser uma grande defesa de Cássio impedindo a festa Tricolor em Itaquera.
Mais uma vez, o Corinthians oscilou em um clássico e não sabe o que é derrotar um rival paulista na temporada. Por outro lado, o clube vem somando importantes pontos e mostrando que pode sim ser considerado postulante ao título brasileiro.