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CBF anuncia desistência do Brasil sediar Copa feminina em 2023

Impacto da pandemia do novo coronavírus e risco de acúmulo de eventos pesaram para decisão. País apoiará candidatura da Colômbia

Lance

Lance|Do R7

Brasil, de Marta, caiu nas oitavas de final da Copa do Mundo em 2019
Brasil, de Marta, caiu nas oitavas de final da Copa do Mundo em 2019

As chances da Copa do Mundo Feminina serem disputadas no Brasil em 2023 foram definitivamente sepultadas. Em nota nesta segunda-feira (8), a CBF anunciou que decidiu retirar a candidatura "após uma minuciosa avaliação" e manifestou seu apoio para que a Colômbia seja palco do Mundial.

De acordo com a entidade, uma análise da Fifa sobre a candidatura brasileira "considerou que não foram apresentadas as garantias do Governo Federal e documentos de terceiras partes, públicas e privadas, envolvidas na realização do evento". A CBF destacou que "compreende a necessidade da Fifa de obter tais garantias e sabe que elas fazem parte do protocolo padrão da entidade internacional, sendo elemento fundamental para conferir a segurança necessária para efetiva realização de eventos deste porte".

Além disto, frisou que o governo chegou a elaborar uma carta de apoio institucional para receber o torneio do ponto de vista estrutural. Entretanto, "ressaltou que, por conta do cenário de austeridade econômica e fiscal, fomentado pelos impactos da pandemia da covid-19, não seria recomendável, neste momento, a assinatura das garantias solicitadas pela Fifa".

A CBF contou que o impacto da pandemia do novo coronavírus pesou para a decisão. Além de um acúmulo de competições mundiais desde a Copa das Confederações 2013.


"Diante do momento excepcional vivido pelo país e pelo mundo, a CBF compreende a posição de cautela do Governo brasileiro, e de outros parceiros públicos e privados, que os impediu de formalizar os compromissos no prazo ou na forma exigidos".

Linha de crédito


A CBF confirmou que permitirá uma nova medida para ajudar os clubes das Séries A e B em meio à pandemia da covid-19. Em nota oficial, a entidade destacou que os participantes das duas competições terão acesso a uma linha de crédito imediata de até R$ 115 milhões (o limite é de R$ 100 milhões para a elite e R$ 15 mi para os participantes da Segunda Divisão), a juro zero.

As quantias, que sairão integralmente do caixa da CBF, terão como garantia os valores que os clubes têm a receber em contratos de direitos de transmissão das competições e prêmios por desempenho. O objetivo é compensar parte da perda de arrecadação que cada clube teve com a redução dos valores pagos por direitos de transmissão das partidas que seriam disputadas entre abril e junho e fontes de receita como bilheterias, programa de sócio e patrocínios.

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