Valdemar Torres com o ídolo Mengálvio na Padoca a Santista, em Santos
Live Futebol BRDe três a quatro vezes por ano Valdemar Torres da Silva, 70 anos, vence a desconfiança do avião em nome da confiança no Santos. Ele já tem uma rotina: sai de Teresina, capital do Piauí, onde mora, chega a São Paulo e, depois, acomoda-se em um hotel estrategicamente localizado ao lado da Padoca a Santista — tradicional reduto de ex-jogadores e torcedores no bairro do Embaré, em Santos.
Para tudo ficar completo nessa logística é preciso seguir uma “tática” baseada na agenda do time: “Eu espero sair uma sequência de jogos na Vila Belmiro para garantir minha hospedagem por vários dias e acompanhar tudo”, explica.
Como agora: o Peixe teve quatro partidas seguidas programadas para sua casa. Torres torce, festeja e sofre junto —– bem de perto.
Ele viu o 2 a 1 para o Flamengo no sábado (2); esteve na eliminação santista pela Copa Sul-Americana para o Deportivo Táchira na quarta-feira (6); e já tem presença confirmada no duelo com o Atlético-GO neste domingo (10), às 18h, pelo Campeonato Brasileiro, além do clássico com o Corinthians na quarta (13) pela Copa do Brasil. “O que mais importa é sempre apoiar o time”, ressalta Torres. Por isso mesmo também é sócio-torcedor.
Valdemar Torres no ponto de encontro dos santistas
Live Futebol BRConvicção santista
A paixão pelo Santos remete à década de 1970, quando Valdemar da Silva Torres morou em Santos. Funcionário da Eletrobras, o torcedor tem toda uma vida para tocar em Teresina com a esposa, os cinco filhos, cinco netos, a casa, o sítio... Mas a família já sabe: não adianta cogitar segurá-lo por muito tempo longe da Baixada Santista.
“Estar aqui, encontrar tantos santistas ilustres, ir ao estádio... São coisas que nem distância nem receio de avião vão me tirar.”
Na padoca, que fica na esquina onde há uma estátua de Pelé, ele conversa com ídolos como Melgálvio, Edu, Lalá, Maneco, Aluísio Guerreiro e Serginho Chulapa. Ali perto já encontrou o técnico Cuca.
A única exceção no coração alvinegro de Silva é o River, seu time no Piauí. No geral, quem dá bola é o Santos. “E, ganhando ou perdendo, é para sempre”, conclui.
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