Sampaoli sobre 'caso Cueva' no Santos: 'Está nas mãos da diretoria'
Argentino falou da impunidade no futebol brasileiro e sobre a liberdade dos jogadores, citando caso de torcedores que invadiram CT do Fluminense
Futebol|Do R7
Em baixa no Santos, o meia peruano Christian Cueva não foi nem relacionado para a partida contra o CSA, no domingo, por estar suspenso pela direção após um vídeo em que ele aparece envolvido em uma confusão em uma casa noturna na cidade da Baixada Santista viralizou na internet. O técnico argentino Jorge Sampaoli, que não tem escalado o jogador nos últimos jogos, afirmou que a situação está "nas mãos da diretoria" do clube.
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"Sobre o Cueva, foi muito recente, conversei com ele e ele me contou sua versão, mas está nas mãos da diretoria. A verdade é que me preocupei muito com o jogo, me dediquei muito a isso, e também começo a analisar o Vasco, que é o que vem, não tenho tempo para esses temas. Quem decidirá sobre isso é o Paulo (Autuori), nosso diretor esportivo, e o presidente", limitou-se a dizer Sampaoli sobre o caso.
O que o argentino lamenta mesmo e o deixa muito incomodado é a impunidade que afeta o futebol brasileiro. Ele criticou a pressão criada sobre jogadores e técnicos de futebol quando um time vive um mau momento e chegou a dizer, inclusive, que os atletas não são livres quando passam por uma má fase.
"Ganhar e ter confiança são coisas que vêm da vitória. Mas quando perdemos é o contrário. Vitória gera satisfação para nós. A pressão que se gera em uma derrota me parece ridícula porque não parece algo que vai determinar que a equipe melhore. Jogadores de futebol não são livres. São críticas que chegam ao ponto de se invadir um CT. É assim que funciona e o que temos que viver nesta profissão. Está implícito que é assim. Temos que tratar que as vitórias venham para estarmos tranquilos", disse.
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Sampaoli usou como exemplo o que houve no CT do Fluminense, no Rio de Janeiro. No sábado, um grupo de torcedores invadiu o local para cobrar os jogadores. "Não falo só do Santos, falo de outros lugares, como no Fluminense. Aqui no Santos não reclamo porque aqui não recebi nenhum protesto nem incômodo. Mas pode acontecer. As coisas saem de controle. Isso acontecem em todos os lugares. As pessoas que invadiram o prédio do Fluminense estão soltas. Invadiram local privado e estão soltas. Nada acontece", lamentou.
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