Futebol Putellas e Paredes afirmam que jogam pela Espanha 'para que mudanças aconteçam'

Putellas e Paredes afirmam que jogam pela Espanha 'para que mudanças aconteçam'

Jogadoras disseram que não queriam servir o time depois da conquista do título no Mundial, mas terminaram com boicote

AFP
  • Futebol | por AFP

Jogadoras fizeram boicote contra a seleção da Espanha

Jogadoras fizeram boicote contra a seleção da Espanha

JONATHAN NACKSTRAND / AFP - 21.09.2023

A seleção feminina da Espanha decidiu manter a concentração e jogar na próxima sexta-feira contra a Suécia "por responsabilidade" e para que as mudanças que as jogadoras pediram na Federação Espanhola de Futebol (RFEF) aconteçam, afirmaram Irene Paredes e Alexia Putellas nesta quinta-feira (21).

"Tomamos a decisão de ficar não porque estamos confortáveis, mas porque acreditamos que é o que temos que fazer para que os acordos sejam levados adiante", disse Paredes em entrevista coletiva na véspera do jogo contra a seleção sueca, pela fase de grupos da Liga das Nações. "Também por responsabilidade em relação a nós e à seleção sub-23, porque seria passar para elas uma bomba", acrescentou.

As jogadoras, após terem sido convocadas mesmo depois de dizerem que não queriam servir à seleção, aceitaram se apresentar depois do acordo firmado na quarta-feira com o Conselho Superior de Esportes (CSD) e a RFEF para que sejam feitas mudanças estruturais na federação, após o escândalo do beijo do ex-presidente Luis Rubiales na atacante Jenni Hermoso.

"A reunião do outro dia vai marcar um antes e um depois", afirmou a ganhadora de duas Bolas de Ouro, Alexia Putellas. "Os acordos farão com que nosso esporte, o esporte feminino e, em consequência, a sociedade, sejam muito melhores", acrescentou.

"Sabemos que há coisas que levam algum tempo, mas mudanças já estão acontecendo", ressaltou Paredes, depois que a RFEF demitiu na noite de quarta-feira seu secretário geral, Andreu Camps, estreito colaborador de Rubiales.

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Diante de algumas especulações na imprensa, Alexia Putellas negou que as jogadoras pediram a saída da treinadora Montse Tomé, auxiliar do demitido Jorge Vilda, que o sucedeu no cargo. "Nunca pedimos a demissão nem a saída de um treinador, nunca. O que fizemos foi transmitir preocupações e conceitos com os quais o vestiário não se sente confortável", afirmou Putellas.

Ambas as jogadoras admitiram que não estão nas melhores condições físicas para jogar na sexta-feira contra a Suécia. "Estamos há várias semanas dormindo muito pouco", disse Paredes.

Espanha e Suécia vão se enfrentar em Gotemburbo pela Liga das Nações, torneio que dá vaga nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

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