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BRASILEIRO 2022

Pekerman e a 'legião estrangeira' são o segredo do sucesso colombiano

Futebol|Do R7

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Após 16 anos de fracassos, a Colômbia prepara uma volta à Copa do Mundo sob a direção do argentino José Pekerman e da maior geração de jogadores "estrangeiros" de sua história.

Com duas rodadas a serem disputadas para o fim das eliminatórias sul-americanas, a Colômbia precisa apenas de um ponto para garantir matematicamente uma vaga no Mundial brasileiro do ano que vem.


Nesta sexta-feira, os colombianos receberão o Chile em Barranquilla, e viajarão em seguida a Assunção para o último compromisso da competição, contra o Paraguai.

"Vamos fazer o último esforço para estar no Mundial. O Chile é um dos rivais mais exigentes e está jogando em alto nível no momento", disse Pekerman.


A Colômbia, que está no segundo lugar da tabela com 26 pontos atrás apenas da classificada Argentina, tem enormes chances de vir ao Brasil no ano que vem.

Isso, porém, era um sonho distante no início das eliminatórias, quando os "cafeteros" penaram para pontuar.


Em função dos fracos resultados sob o comando dos treinadores Leon Álvarez e Hernan "Bolillo" Gomez, a Colômbia contratou Pekerman, o primeiro treinador estrangeiro a assumir as rédeas da seleção desde as fracassadas eliminatórias de 1982, quando o argentino Salvador Bilardo era o técnico.

Em janeiro de 2012, Pekerman substituiu Álvarez, o emblemático volante da geração dourada dos anos 90 do futebol colombiano, muito criticado e demitido após quatro rodadas das eliminatórias.


Álvarez já havia substituído "Bolillo", que deixou o cargo por causa de acusações de violência contra a mulher.

"Antes da era Pekerman, praticamente ninguém acreditava na gente" lembrou o zagueiro Amaranto Perea.

Com o novo treinador argentino, a Colômbia mudou seu esquema de jogo, recuperou a autoestima e apostou na talentosa e jovem geração de jogadores que atuam no exterior.

"A confiança que o país tem na seleção é explicada pelo súbito nascimento de uma nova geração dourada", explicou Carlos Valderrama, o cabeludo capitão da equipe que disputou as Copas da Itália-1990, Estados Unidos-1994 e França-1998.

Dos 27 convocados por Pekerman para a disputa das últimas duas rodadas das eliminatórias, apenas cinco atuam no futebol colombiano, enquanto a maioria joga no continente europeu.

Dentro do elenco, a importância de Pekerman é reconhecida.

"Pekerman conseguiu utilizar os jogadores da melhor maneira", admitiu Jorge Luis Pinto, ex-treinador da seleção que hoje comanda a Costa Rica, já classificada para a Copa.

O técnico argentino conseguiu tirar o máximo de estrelas como Radamel Falcao e James Rodriguez, entre outros. Esses jogadores, antes criticados por não conseguirem repetir na seleção as boas atuações que costumam ter com os clubes, foram crescendo ao longo das eliminatórias e hoje são fundamentais.

"A Colômbia conta com muitos jogadores passando por um bom momento. Hoje, existe uma aplicação tática maior, o que ajuda o elenco", afirmou Pinto em recente entrevista ao jornal chileno La Tercera.

Chegando ao fim das eliminatórias, com a vaga na Copa praticamente garantida, a Colômbia é vista como uma das seleções mais fortes do futebol sul-americano, com um esquema de jogo organizado, veloz e eficiente, mesmo não sendo dos mais vistosos.

"Nem todas as equipes podem ter um estilo de jogo atraente. A Colômbia é uma equipe que busca resultados, o que costuma ir no caminho oposto ao espetáculo", disse Pinto.

Mas os resultados falam por si só. No último ranking de seleções da Fifa, o país alcançou a quinta colocação. Antes de Pekerman, era a 36ª.

"Diferentemente de outros países, que já vinham com outra estrutura, que já tinham um caminho percorrido, isto veio muito rápido para nós, de maneira dinâmica. Colocamos a seleção colombiana no caminho da esperança", declarou Pekerman em entrevista ao jornal uruguaio El País.

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