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BRASILEIRO 2022

Orgulhoso e idolatrado, Evair vê Palmeiras melhor que na sua época e pede paciência com Gareca

Ex-atacante afirmou que a temporada de 1993 foi histórica para ele e para o clube

Futebol|Aline Küller, do R7

Evair é um dos principais ídolos da história do Palmeiras
Evair é um dos principais ídolos da história do Palmeiras
Evair é comparado em idolatria com São Marcos no Verdão
Evair é comparado em idolatria com São Marcos no Verdão GAZETAPRESS/FERNANDO DANTAS

Evair Aparecido Paulino, ou simplesmente Evair, é um dos principais ídolos da centenária história palmeirense. O ex-atacante vestiu a camisa alviverde em 245 oportunidades e em 127 vezes tirou o grito de gol das arquibancadas.

Agora aos 49 anos, Evair relembra com carinho da sua passagem pelo Palmeiras e diz que tem o mesmo orgulho dos torcedores por ter defendido a equipe do Palestra Itália.

— O Palmeiras representa o clube me levou à seleção de novo, tinha chego antes pelo Guarani, mas quando eu voltei em 1993, foi graças ao time que foi muito bem com os títulos e a artilharia. O mesmo orgulho que o palmeirense tem dessa camisa, eu também tenho de ter vestido ainda agora em um momento tão bom quanto é o centenário.

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Porém, apesar da idolatria da torcida palmeirense, a história de Evair por pouco não terminou em fracasso. O ex-jogador, que se destacou no Guarani no início de carreira, chegou ao clube em 1991 após três anos no futebol italiano.

Com o clube pressionado pelo longo jejum de títulos, Evair chegou a ficar cinco meses afastado do elenco principal em 1992. O então técnico Nelsinho Baptista alegou “deficiência técnica” para deixar o artilheiro fora da equipe. Após a troca de comando, o atacante recuperou seu prestígio e foi decisivo para as conquistas de 1993 e 1994.


— O momento mais especial foi em 1993. Ter quebrado aquele jejum no Paulista. Naquele mesmo ano ainda quebramos o jejum de 22 anos sem título brasileiro. Aquele ano foi histórico para mim e para o Palmeiras. Eu tenho maior orgulho de ter contribuído para o Centenário e para a história do Palmeiras.

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Devido ao começo turbulento no Palmeiras, Evair acredita que o cenário do clube atualmente, que luta para escapar do seu terceiro rebaixamento em 12 anos no Campeonato Brasileiro, é melhor do que o encontrado no começo dos anos de 1990.

— Quando cheguei era muito pior do que está agora. Hoje ainda é possível buscar alguns jogadores, buscar alguma coisa que possa ajudar. De uma maneira ou de outra, as pessoas que estão lá tão tentando fazer isso. Naquela época era mais difícil, o palmeirense queria gente de nome para chegar e suportar a pressão. Hoje é um pouco diferente, estamos em um momento que os jogadores estão mais acostumados.

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Apesar do olhar positivo, o ídolo palmeirense não sabe eleger um culpado pela má fase atual.

— Não sei dizer por que o clube está nessa situação, porque a gente não vive lá dentro, mas tudo é uma soma: buscar bem dentro do mercado, boas contratações, entrega... Tudo isso faz o time querer algo dentro da competição.

Investindo na carreira de treinador, Evair teve a oportunidade de trabalhar no Palmeiras com Vanderlei Luxemburgo entre 1993 e 1994, quando conquistaram o bicampeonato paulista e brasileiro e um Rio-São Paulo, e com Luiz Felipe Scolari em 1999, quando conquistaram a Libertadores da América.

— Na minha época, o Vanderlei era um inovador, que trouxe algumas coisas para mostrar para gente, como: motivação, vídeo e esquema táticos diferentes, que ajudaram a fazer dele o nome que tem hoje. Já o Felipão em 1999 soube trabalhar muito bem, tem um estilo motivador, sempre atento, fez dele um cara que soubesse vencer dentro do Palmeiras, o que não é fácil. Os dois são o que são por merecimento.

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Com essa experiência, Evair defende a presença do argentino Ricardo Gareca no comando do Palmeiras, mas pede tempo para ele trabalhar.

— [A contratação] é valida desde que acrescente alguma coisa. [Gareca] tem um histórico muito bom de conquistas, de forte liderança. O futebol argentino é um futebol que a gente aprende a respeitar muito. É preciso ter paciência e dar tempo para q ele trabalhe. O brasileiro não tem muito essa paciência, mas no futebol hoje em dia é necessário.

E para os palmeirenses mais fanáticos, Evair revela que ainda sonha em voltar ao Palmeiras como treinador e que seria uma grande honra.

— Esse objetivo já foi maior quando eu comecei. Sempre fui tão vinculado ao Palmeiras que é até difícil arrumar emprego em outro lugar. Um dia quem sabe, a gente pode ter essa honra, não é agora, mas quem sabe, a gente tem o mesmo orgulho do palmeirense que o que ele tem pela gente. 

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