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BRASILEIRO 2022

Palmeiras e Fluminense terão de pagar mais de R$ 132 milhões em impostos nos Estados Unidos

Taxação imposta pelo governo norte-americano tira quase um terço das premiações dos clubes brasileiros no Mundial

Mundial de Clubes|Do R7

Estêvão e Mayke (à direita), do Palmeiras, durante treinamento na Academia de Futebol Cesar Greco/Palmeiras

A classificação de Palmeiras e Fluminense para as quartas de final do Mundial de Clubes garantiu premiações milionárias aos clubes, mas também trouxe uma situação indesejada: a obrigação de repassar uma fatia considerável dos valores ao fisco norte-americano.

Cada um dos times brasileiros terá de pagar R$ 66,18 milhões em impostos apenas sobre o que já faturaram até o momento no torneio.

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O percentual de 30% de tributação federal, imposto pelos Estados Unidos, incide sobre todo o montante recebido, desconsiderando a tradicional isenção de taxas geralmente negociada pela Fifa em competições internacionais. A entidade máxima do futebol não conseguiu convencer o governo dos EUA a conceder isenção às receitas dos clubes participantes.

A situação se agrava porque, além do imposto federal, ainda há possibilidade de incidência de taxas estaduais, municipais e administrativas, o que pode elevar ainda mais a mordida sobre o prêmio das equipes. O valor retido nos EUA supera, inclusive, o imposto de renda brasileiro, do qual clubes organizados como associações civis, caso de Palmeiras e Flamengo, normalmente são isentos.


Até aqui, as premiações conquistadas por Palmeiras e Fluminense no Mundial já somam R$ 220,6 milhões para cada um. Deste total, quase um terço ficará nos cofres americanos. Flamengo e Botafogo, eliminados nas oitavas, também não escaparam: vão deixar, respectivamente, R$ 45,45 milhões e R$ 44,55 milhões em impostos.

Alguns clubes tentaram encontrar alternativas para reduzir a carga fiscal. O Flamengo chegou a aprovar em seu Conselho Deliberativo a criação de uma empresa temporária nos Estados Unidos, que poderia baixar a tributação para cerca de 21%. Contudo, a medida acabou não sendo executada por receios jurídicos e operacionais.


A complexidade tributária se estende até aos valores antecipados pela Fifa para cobrir custos logísticos. Os clubes precisam comprovar detalhadamente que esses recursos são destinados exclusivamente a despesas operacionais, caso contrário, também podem ser tributados como receita.

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