Inovações do Mundial de Clubes agradaram a jogadores e torcidas? Veja declarações
Crítica mais comum é de que a cerimônia inicial compromete o ritmo da partida e gera expectativa excessiva
Mundial de Clubes|Do R7

O novo formato da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, com 32 times, trouxe uma série de inovações dentro e fora de campo. Algumas agradaram os jogadores. Outras, especialmente ligadas à apresentação das equipes, foram alvo de críticas dos torcedores por alongarem a cerimônia antes das partidas.
A principal mudança visível é a entrada individual dos atletas. Cada titular entra em campo sozinho, com apresentação destacada no sistema de som do estádio.
O meio-campista Romeo Lavia, do Chelsea, elogiou a experiência. “Acho que é algo especial e novo para a gente. Eu curti. Por que não levar isso para a Premier League? Tem um quê de show, né? Eu curto bastante. A única diferença é que a gente ia acabar sentindo um pouco de frio, porque depois que você entra, tem que esperar os outros jogadores”, disse o jogador.
Para parte do público, o ritual é longo demais. Algumas partidas começaram com atraso por causa da nova sequência de entrada. A crítica mais comum é que a cerimônia compromete o ritmo e gera expectativa excessiva.
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Câmeras corporais
Outro destaque foi a introdução de câmeras instaladas no corpo dos árbitros. Elas mostram imagens dos bastidores, como o aquecimento e o momento do sorteio. Segundo o ex-árbitro, Pierluigi Collina, o objetivo é narrativo. “A ideia da Fifa é mostrar o jogo por um ângulo único e melhorar a narrativa da transmissão.”
Oito segundos
Já a regra dos oito segundos para os goleiros tem gerado debate. O goleiro Ronwen Williams, do Mamelodi Sundowns, foi o primeiro punido com escanteio por manter a bola nas mãos além do tempo limite. Yassine Bounou, do Al Hilal, também sofreu a penalidade. O comentarista Michael Brown, da DAZN, classificou o lance como “muito drama”. A medida busca agilizar o reinício das jogadas e já foi usada no Campeonato Europeu Sub-21.
Segundo as regras do Conselho da Associação Internacional de Futebol (Ifab, na sigla em inglês), “um escanteio será concedido se o goleiro, dentro da área de pênalti, controlar a bola com as mãos/braços por mais de oito segundos antes de soltá-la. O árbitro decide quanto o goleiro tem o controle da bola e começa a contar os oito segundos, sinalizando com a mão levantada os últimos cinco segundos”.
Mudanças no VAR
Outra inovação envolve a exibição, nos telões dos estádios, das imagens usadas pelo árbitro de vídeo (VAR). Agora, torcedores conseguem ver os mesmos replays analisados pelos juízes. Apesar da transparência, as conversas entre os árbitros seguem privadas. “Nós precisamos fazer isso quando tivermos certeza de que não afetará o processo de decisão”, afirmou Collina.
Impedimento
O impedimento semiautomático também foi aprimorado. O novo sistema avisa imediatamente o auxiliar quando um jogador está mais de 10 centímetros em posição irregular e toca na bola. O objetivo é evitar que lances inválidos sigam em jogo e causem riscos desnecessários. A atualização tecnológica passou a ser usada também na Premier League.
Melhor da partida
Por fim, o prêmio de melhor jogador da partida passou a ser decidido por votação popular. O “Player of the Match” é definido entre os minutos 60 e 88, pelo aplicativo da Fifa. Estevão (Palmeiras), Igor Jesus (Botafogo), Michael Olise (Bayern), Vitinha (PSG), Pedro Neto (Chelsea) e Phil Foden (Manchester City) estão entre os que receberam o troféu.
O goleiro Oscar Ustari, do Inter Miami, foi o primeiro a vencer a disputa. “É legal saber que o torcedor está participando. Quando a gente entra em campo, sente essa conexão”, comentou o argentino.
Apesar das críticas, principalmente ligadas ao ritmo pré-jogo, a maioria dos jogadores tem demonstrado apoio às mudanças. A Fifa vê o torneio como um laboratório para ideias que podem influenciar o futebol de elite nos próximos anos.