'Momento de máxima efusividade', justifica presidente da Federação Espanhola após beijar jogadora

Por meio de um vídeo divulgado pela entidade, Luis Rubiales se desculpou por ter beijado a atleta Jenni Hermoso na boca

21/08/2023 - 11h38 (Atualizado em 29/03/2024 - 08h38)

O presidente da RFEF (Real Federação Espanhola de Futebol), Luis Rubiales, se desculpou, na manhã desta segunda-feira (21), por ter beijado a jogadora Jenni Hermosa na boca durante a premiação da Espanha pela conquista da Copa do Mundo feminina neste domingo (20).

"Foi um feito histórico para o futebol espanhol. Mas também há um fato que tenho de lamentar, que é o que se passou entre mim e uma jogadora. Há uma relação magnífica entre nós, assim como com as outras, mas, com certeza, me enganei. Tenho de admitir, porque foi em um momento de máxima efusividade, sem más intenções, sem má-fé. O que aconteceu foi muito espontâneo, sem má-fé de nenhuma das partes”, diz Rubiales em vídeo divulgado pela federação.

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O dirigente ainda tentou explicar que o beijo se trata de um ato comum na Espanha. "Vimos como algo natural, normal, nada de má-fé. Mas lá fora parece que se formou uma comoção. Claro, se há pessoas que se sentiram prejudicadas por isso, tenho que pedir desculpa, não há outra opção", afirma ele.

Em transmissão ao vivo no Instagram, Jenni Hermoso declarou que não se sentiu confortável com a situação: "Não gostei. Mas o que eu ia fazer?".

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O beijo em Jenni Hermoso durante a cerimônia de medalhas viralizou nas redes sociais no domingo e, hoje, motivou a resposta de pessoas do governo em exercício, como a chefe da Igualdade, Irene Montero, o da Cultura e Desporto, Miquel Iceta, e a da Defesa, Margarita Robles, que exigiu explicações e desculpa do presidente da RFEF e qualificou o beijo como "inaceitável" ou "violência sexual e abuso de poder".

É festa! Veja a comemoração da Espanha, que conquista de forma inédita a Copa do Mundo

A Espanha é, pela primeira vez na história, campeã da Copa do Mundo feminina! Após um confronto contra a Inglaterra, as jogadoras garantiram a vitória por 1 a 0 e levantaram o troféu. Ainda em campo, as atletas e a comissão técnica espanhola celebraram — e muito — a conquista inédita

Assim que a árbitra Tori Penso deu o apito final, as jogadoras do banco de reservas se uniram às titulares e fizeram um montinho para comemorar

Na beirada do campo, a comissão técnica de Jorge Vilda também se reuniu em um grande abraço

Poucos momentos depois, os dois grupos se juntaram em um só, para continuar as celebrações. As atletas, no entanto, evitaram o contato com o treinador, que boicotou a equipe

Acontecimentos

1. Copa do Mundo Feminina; 2. Submarino desaparecido; 3. Conflito em Israel e Gaza; 4. Eclipse solar; 5. Terremoto na Turquia; 6. Posse do Lula; 7. Calor excessivo; 8. Greve de metrô em SP; 9. Reforma tributária; 10. Lua azul

A comemoração foi contrastada com a tristeza das inglesas, que não conseguiram o empate durante os 90 minutos e se tornaram vice-campeãs

Antes da entrega do troféu, ocorreu a premiação da Fifa de Melhor Jogadora Jovem, Bola de Ouro e Luva de Ouro. A primeira chamada para receber o prêmio foi Salma Paralluelo, de 19 anos, que recebeu o título de Melhor Jogadora Jovem

Em seguida, Mary Earps, goleira da Inglaterra, foi recebida com muitos aplausos e apoio para segurar o prêmio Luva de Ouro

O prêmio Bola de Ouro, de artilheira da Copa do Mundo, ficou para a espanhola Aitana Bonmati

As inglesas receberam a medalha de vice-campeãs e posaram para as fotos com um semblante triste, por causa da derrota na grande final

A técnica Sarina Wiegman se tornou vice-campeã pela segunda vez consecutiva. Em 2019, a treinadora comandou a Holanda, que perdeu a final para os Estados Unidos. Em 2023, a holandesa guiou a Inglaterra até a final, mas foi superada pela Espanha

Alexia Putellas, duas vezes premiada melhor jogadora do mundo, beijou o troféu. Ela não foi titular no último jogo, mas entrou em campo no segundo tempo

Copa do Mundo Feminina: Espanha

No Mundial disputado na Austrália e na Nova Zelânda, a "Fúria" venceu o torneio pela primeira vez na história, batendo a Inglaterra na grande final, com gol de Olga Carmona

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