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BRASILEIRO 2022

Mbappé, Zidane e Platini estão na seleção francesa de todos os tempos

Jornal francês realizou eleição entre internautas e o time escolhido é um resumo da evolução de um futebol que mudou junto com a sociedade; veja

Futebol|Eugenio Goussinsky, do R7

Mbappé representa geração de 2018
Mbappé representa geração de 2018

O futebol sempre foi um capítulo à parte na França. Caminhava paralelamente, muitas vezes como coadjuvante, enquanto o país conhecia a Escola dos Annales, nos anos 1930, reformulando o conceito de história.

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Ou quando, nos anos 60, se deparou com a Nouvelle Vague que revolucionou o cinema, colocando a temática do amor livre de forma mais direta e contestadora.

Havia a preocupação com as guerras (Indochina e Argélia), com as rebeliões contra o sistema, como a dos estudantes em 1968. Enquanto isso, alguns times, como o Saint-Étienne, cresciam. Outros surgiam, como o PSG em 1970.


E quando o país estava envolto na política "conservadora de transformação", do presidente Valéry Giscard d'Estaing, o futebol também foi se transformando enquanto os trabalhadores tinham suas rendas aumentadas.

Novos craques


Esta profissionalização, ainda que tímida, foi acrescida da presença no futebol de descendentes de africanos e originários de ex-colônias ou regiões francesas. Jean Tigana (Mali) e Marius Tresor (Guadalupe) foram dois deles.

E o futebol francês, representado pela seleção do país, foi ganhando mais força e, revelando jogadores como Alain Giresse (vindo do Bordeaux) e Michel Platini (vindo do Saint-Étienne), sagrou-se campeão europeu em 1984 tendo, dois anos depois, ficado na terceira colocação na Copa do Mundo.


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Toda essa evolução, que já teve início nos anos 50 (com nomes como Roger Piantoni, Raymond Kopa e Just Fontaine) culminou com o titulo mundial de 1998, já com a presença de descendentes de africanos muito mais intensa.

Desde então, o futebol francês só evoluiu, tecnica e taticamente, a ponto de, com um time muito forte fisicamente e dotado de uma moderna movimentação, conquistar o bicampeonato mundial em 2018.

Por mais que o mundo pouco falasse do futebol francês, a população em si tinha orgulho do Esporte. Vários livros foram lançados contando a história dos Bleus. A imprensa local também tinha relevância no cenário internacional. Foi em uma votação do L'Équipe que Pelé ganhou o título de "Atleta do Século".

E não seria agora, em um momento no qual o futebol francês já compete economicamente com outras ligas, que todos os estudos e estatísticas seriam deixados de lado. Pelo contrário, as pesquisas prosseguem, ainda mais estimuladas. A mais recente, reuniu toda a história do futebol francês em um time imaginário.

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Uma votação entre os leitores, do L'Équipe, claro, escolheu nesta semana a equipe francesa de todos os tempos. E nela foram escalados basicamente campeões mundiais de 1998, acrescidos de um remanescente do título europeu e outro do Mundial de 2018. E o time escolhido foi o seguinte:

Fabien Barthez; Lilian Thuram. Laurent Blanc; Marcel Desailly e Bixente Lizarazu; Didier Deschamps, Patrick Vieira, Zinedine Zidane e Michel Platini; Kylian Mbappé e Thierry Henry.

Alain Giresse, Jean Tigana, Marius Tresor, Just Fontaine e Raymond Kopa poderiam estar entre os onze. Didier Deschamps, Aimée Jacquet ou Michel Hidalgo ficariam bem como técnicos deste time.

A própria história francesa revolucionou o futebol no país. Uma seleção só é forte quando se torna o espelho de sua sociedade. O novo futebol francês se impôs e ganhou espaço em meio a uma nova sociedade. Multicultural.

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