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Lembra dele? Alberto, o artilheiro e a experiência dos Meninos da Vila

Ex-atacante foi o goleador do Santos campeão brasileiro em 2002

Futebol|Dado Abreu, do R7

Alberto (esq.) comemora título brasileiro com Robinho e Renato
Alberto (esq.) comemora título brasileiro com Robinho e Renato Alberto (esq.) comemora título brasileiro com Robinho e Renato
Alberto marcou 13 gols em 30 jogos no Brasileiro de 2002
Alberto marcou 13 gols em 30 jogos no Brasileiro de 2002 Alberto marcou 13 gols em 30 jogos no Brasileiro de 2002

O torcedor santista guarda com carinho a conquista do Campeonato Brasileiro de 2002. Depois dos tempos áureos de Pelé, Pepe e Coutinho, o Peixe viu nascer naquele ano a segunda geração de Meninos da Vila, comandada pela dupla Diego e Robinho. No entanto, o gol mais bonito daquele time não foi obra de garoto. Aos 27 anos, Alberto anotou de bicicleta uma pintura digna de placa.

"É muito bacana ter um gol que ficou marcado como aquele. Entrou para a história. Até hoje, quando as pessoas vêm falar comigo, elas lembram daquele gol. E olha que são torcedores de todos os times, não só do Santos", recorda Alberto, hoje aposentado dos gramados.

Foi em uma prévia do que viria ser a grande decisão de 2002 que o Santos bateu o Corinthians no Pacaembu e Alberto cravou seu nome na galeria do Peixe. A jogada toda começou na lateral esquerda, com Diego. Depois de cruzamento na área o zagueiro corintiano Anderson tentou afastar de cabeça, mas acabou levantando a bola no meio da área. Era tudo que Alberto precisava para emendar uma bicicleta. Perfeita. "Na hora eu cai e nem vi se a bola tinha entrado. O Renato [meio-campista, atualmente jogando no Santos] que chegou me abraçando e dizendo 'golaço, golaço'", conta.

O curioso é que o golaço que marcou a trajetória de Alberto por pouco não aconteceu. Isso porque o atacante se atrasou para a concentração e correu seriamente o risco de ficar fora do time. "No dia antes de viajar para São Paulo eu estava bastante gripado e fui dormir mais cedo, para me recuperar. Então, lá pelas tantas, tocou o meu telefone. Era o Robinho: 'Cadê você, cara? Você não vem?'. Depois ele passou o telefone para o Diego: 'E aí, onde você tá?!'", lembra Alberto. "Achava que era trote deles, coisa de moleque, até o Pedro Santilli [preparador de goleiros] pegar o telefone e dizer que eu tinha cinco minutos para chegar. Gelei".

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Temendo a falha perante o disciplinador técnico Leão, Alberto pegou o carro e acelerou para tentar alcançar o ônibus, que a esta altura subia a Rodovia dos Imigrantes no sentido São Paulo. "Por conta da escolta a subida estava fechada para carros. E não tinha como eu explicar que era do time. Tive que dar a volta e pegar a [Rodovia] Anchieta, mas estava tudo parado. Resultado: cheguei quatro horas depois ao hotel. O Leão só me olhou e falou: 'vai jantar'". Felizmente, para os torcedores santistas, o técnico relevou o episódio e escalou o atacante entre os titulares. Foi o gol mais bonito da carreira de Alberto e um dos mais plásticos na história do clássico. Rendeu inclusive uma boa grana ao jogador, que recebeu uma bonificação de um dos patrocinadores da equipe e triplicou o salário.

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"Depois do título eu queria seguir no Santos. Muita gente acha que eu saí porque preferi receber mais dinheiro na Rússia [no Dínamo de Moscou]. Mas não foi isso. Eu saí porque não tive proposta de renovação para ficar", revela Alberto.

Na Rússia Alberto viveu o pior momento de sua carreira, quando sofreu com uma pneumunia bacteriana e foi parar na UTI do hospital. "Foi complicado, precisei passar por uma cirurgia de pulmão e tomava muitos antibióticos. Não me via mais como atleta depois disso", lembra. "Até consegui voltar a jogar, mas eu já não era mais o mesmo fisicamente".

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Alberto voltou ao Brasil para atuar pelo Corinthians em 2004, como grande reforço do Timão, mas, de fato, não teve o mesmo sucesso dos tempos do Peixe. Passou ainda por Atlético Mineiro, Coritiba, Ceará e Kofu, do Japão, até se aposentar em 2010. Mas, quis o destino que o Santos permanecesse na sua vida e depois de pendurar as chuteiras o ex-jogador se tornou franqueado de três escolinhas de futebol do clube. Aos 40 anos, Alberto também é representante no Brasil da Eurofoot, uma empresa portuguesa de agenciamento de atletas. 

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