Justiça libera torcidas de Vasco e Flu após tumulto ao redor do Maracanã
Antes, desembargadora havia vetado a entrada de torcedores na final da Taça Guanabara. Aval para entrar no estádio ocorreu com partida em andamento
Futebol|Cesar Sacheto, do R7
A determinação do Jecrim (Juizado Especial Criminal) do Rio de Janeiro de manter o Maracanã fechado para as torcidas de Vasco e Fluminense, na final da Taça Guanabara, neste domingo (17), revoltou quem esperava pela abertura dos portões do lado de fora do estádio.
Houve tumulto nos arredores do estádio e a PM (Polícia Militar) teve que intervir, com o uso da força e de bombas, para conter a multidão.
Quando o jogo já estava com 35 minutos do primeiro tempo, a Justiça decidiu autorizar a entrada da torcida e os portões do estádio foram liberados.
Confusão no entorno
Mais cedo, antes da liberação, a PM usou bombas de efeito moral para dispersar os torcedores em acessos da arena, situada na zona norte do Rio de janeiro.
O Vasco havia vendido cerca de 30 mil ingressos de forma antecipada para o clássico. Muitos torcedores esperaram por horas pelo início da partida do lado de fora do estádio.
Acordo para liberação das torcidas
O imbróglio parecia ter tido um final feliz com um acordo entre as diretorias de Vasco e Fluminense, medida por integrantes do governo estadual, no início da tarde deste domingo. No entanto, a Justiça não aceitou os documentos enviados por representantes das agremiações. Desta forma, o ingresso de torcedores no estádio foi vetado.
Cronologia da confusão
A polêmica sobre a entrada de torcedores no Maracanã para a final da Taça Guanabara começou na madrugada deste domingo, com a decisão proferida pela desembargadora de plantão do TJ-RJ Lúcia Helena do Passo. Foi definido também que o dinheiro pago pelos torcedores que haviam comprado ingressos seria devolvido.
A juíza acatou uma solicitação do Fluminense para garantir que os seus torcedores permanecessem no setor sul do estádio, conforme contrato firmado entre o clube tricolor das Laranjeiras e a empresa que administra o Maracanã, em 2013.
Tal acordo desagradou a cúpula do Vasco, pois o clube tinha o direito de alocar a sua torcida naquela mesma área desde a inauguração do Maracanã, em 1950.
Desta forma, a diretoria cruzmaltina recorreu da determinação judicial. Porém, horas mais tarde, a Justiça rejeitou a solicitação do Vasco e manteve a proibição das torcidas no clássico.
No entanto, o governo estadual promoveu uma reunião com representantes dos clubes e ficou estabelecido que a partida teria portões abertos, pois o Vasco teria concordado em assumir o risco de pagar a multa de R$ 500 mil por descumprir a determinação judicial.
O acordo parecia que colocaria fim à confusão, mas o Jecrim (Juizado Especial Criminal) do Rio de Janeiro não aceitou os documentos enviados após a reunião entre os times e representantes do governo. Assim, voltava a ordem de manter os portões fechados foi mantida.
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