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Fla abate retrancão do Corinthians com três gols em três minutos

Plano paulista era conter ímpeto rubro-negro e, quem sabe, fazer gol em bola vadia ou contra-ataque. Faltou combinar com B. Henrique, o 'Senhor Clássico'

Futebol|Eduardo Marini, do R7

Bruno Henrique fez três e, como manda a tradição, levou a bola do jogo para casa
Bruno Henrique fez três e, como manda a tradição, levou a bola do jogo para casa Bruno Henrique fez três e, como manda a tradição, levou a bola do jogo para casa

Flamengo quatro, Corinthians um, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2019.

O Corinthians foi mais Corinthians dos clássicos do que nunca e executou seu plano defensivo com maestria até os 42 minutos, quando Cássio fez em Arrascaeta o pênalti que gerou o primeiro gol rubro-negro.

Até ali, o time paulista executava uma marcação implacável em seu campo de defesa, muitas vezes com dez jogadores no paredão atrás da linha da bola e o zagueiro Gil jogando uma barbaridade. Era um bate-estaca de ataque contra defesa, mas estava funcionando.

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Curiosamente, aos 15 minutos do primeiro tempo, o Flamengo, apesar de ter 75% da posse de bola, não tinha um chute sequer a gol. O Corinthians, com 25%, acumulava cinco finalizações.

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Mas o gol de pênalti, aos 45, devolveu o jogo à realidade.

O Flamengo e Bruno Henrique precisaram de escassos três minutos para fazer três gols, dissolver o retrancão do Corinthians e decidir a partida. Depois do primeiro gol, aos 45, o atacante fez o segundo, aos 46, último minuto da primeira etapa, e aumentou para três a zero logo na ‘primeira volta do ponteiro’ do segundo tempo, diriam os locutores clássicos. Ao final da partida, pediu ao árbitro e levou para casa a bola do jogo, como manda a tradição para autores de hat-trick

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A partida estava decidida - e o gol de Mateus Vital para o Corinthians, aos seis minutos da etapa final, não diminuiu em um milímetro sequer a sensação de que a paca estava definitivamente amarrada pelo rubro-negro.

O time do Corinthians, a partir do primeiro gol, parecia querer dar conhecimento ao mundo de seu divórcio do técnico Fábio Carille. Está claro que os dois não se entendiam mais, não falavam a mesma língua. É visível também que Carille não conseguia tirar da equipe alguma reação nos momentos de necessidade. Que hoje não são poucos. Não deu outra: o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, anunciou a demissão de Carille em entrevista coletiva dada após a partida. 

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Após o quarto do Flamengo, um golaço de Vitinho, o time do Corinthians se arrastou em campo como se sofresse com o fardo de precisar jogar a partida até o final sob o risco de levar uma goleada humilhante e histórica.

O rubro-negro volta aos oito pontos de frente sobre o Palmeiras. Mais do que isso, recupera também a confiança diante do futebol vistoso, intenso e efetivo da administração Jorge Jesus.

E a torcida rubro-negra, no hábito construído neste ano, aos gritos de “olê, olê, olê, olê, Mister, Mister”.

Ironia caprichosa do destino número um: Jesus, um português, vira ídolo do principal rival da maior e mais importante instituição cultural-esportiva de origem lusitana do Brasil, o Vasco da Gama.

Ironia caprichosa do destino número dois: em meio a tantos craques populares, a torcida rubro-negra, a Magnética, passa várias vezes a sensação de que o grande ídolo na temporada, ou pelo menos um dos dois ou três, é o treinador. Mérito para o trabalho transformador que Jesus vem fazendo no rubro-negro.

Esperemos, pois, os próximos capítulos.

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