Paulo Nobre responde Leila em carta aberta
Cesar Greco/Divulgação/FotoarenaPaulo Nobre criticou a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, em carta aberta nesta quinta-feira (12). O ex-mandatário do clube paulista se manifestou depois das declarações de Leila em uma entrevista coletiva, em que ela respondeu a protestos com o argumento de que "quando a Crefisa e a FAM chegaram, o Palmeiras estava quase rebaixado". Nobre retrucou à atual dirigente, ao dizer que o Palmeiras não nasceu em 2015, e até citou Apesar de Você, música de protesto de Chico Buarque.
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No texto, Nobre diz ter renunciado ao cargo de conselheiro vitalício do Palmeiras, em 2018, para "não ter que conviver com Leila". "O Palmeiras sofreu um enorme ataque de quem tem o dever, moral e de ofício, de defendê-lo. Não sei se a senhora alcança isso. Provavelmente não!", escreveu o ex-presidente, referindo-se às falas da atual mandatária.
A carta também acusa Leila de "descobrir que o Palmeiras existe há menos de 10 anos". O trecho cita o fato de Leila ter mencionado que o Palmeiras vivia um momento de seca de grandes conquistas e brigava contra o rebaixamento para a Série B quando os patrocínios de Crefisa e FAM foram acertados com o clube.
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"Sua arrogância e soberba culminaram na tentativa de reescrever os fatos, falando que só não fomos rebaixados em 2014 por ajuda de outro clube", diz o texto.
O "outro clube" é o Santos, que venceu o Vitória na última rodada do campeonato daquele ano, levando o clube baiano ao rebaixamento. "O Palmeiras não foi fundado em 2015. Dizer que, antes da senhora e das suas empresas aqui chegarem, vivíamos apenas de sofrimento fala muito mais sobre sua ignorância rotineira do que sobre nossa trajetória", continuou o ex-presidente.
Nobre citou feitos históricos do clube como os títulos do Campeonato Brasileiro, a Copa Rio de 1951 e o fato de o Palmeiras ter representado a seleção brasileira em 1965.
"Isso se conquista. Dinheiro, mesmo em enorme quantidade, também não compra berço. Não compra educação. Não compra postura. Não compra idolatria. E, principalmente, não comprará o nosso respeito", concluiu o ex-dirigente, que ainda reiterou não ter outro objetivo senão desejar o melhor para o Palmeiras, já que se aposentou da política do clube.
As principais torcidas, como a Mancha Alvi Verde, reclamam da postura da mandatária. Após a eliminação na Copa Libertadores, os muros do Allianz Parque e sedes da Crefisa foram pichados, e neles Leila era chamada de mentirosa. Em resposta, a presidente resumiu as agremiações a "casos de polícia".
Em uma nota publicada nesta quinta-feira, a Mancha chamou novamente a mandatária de mentirosa. Segundo a torcida, houve uma tentativa de pôr torcedores contra a organizada.
"Desesperada com a perda de apoio da torcida e com os danos à sua imagem, Leila fez o palmeirense acompanhar, atônito, uma desastrosa entrevista coletiva", diz um trecho, que conclui: "O resultado foi um deplorável espetáculo de narcisismo".
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