O São Paulo reencontrará nesta Sul-Americana um velho conhecido. Era 2012. No dia 12 de dezembro desse ano, o Tricolor recebia o Tigres, da Argentina, pelo jogo de volta das finais da competição.
No jogo de ida, 0 a 0 em La Bombonera. No Morumbi, na partida que marcava a despedida de Lucas Moura, vendido por 43 milhões de euros (R$ 108 milhões na cotação da época), o Tricolor abriu 2 a 0 no primeiro tempo e parecia encaminhar o título.
No entanto, uma briga entre membros de ambas as delegações acabou encerrando o confronto ainda no intervalo. O Tigres nem sequer voltou para o gramado. E o São Paulo foi declarado campeão da Sul-Americana, mesmo sem ter jogado o segundo tempo.
O início do pesadelo
De lá para cá, o time do Morumbi nunca mais foi o mesmo. Em 12 de dezembro de 2012, o São Paulo era campeão da Sula, mas também entrava num espiral de fracassos e derrotas humilhantes que nem o mais pessimista são-paulino acreditaria viver depois de duas décadas como "Soberano".
Em dez anos, o São Paulo foi de tricampeão brasileiro, tricampeão da Libertadores e frequentador recorrente do principal torneio do continente para uma equipe que somava frustração atrás de frustração. Foram 28 eliminações e cinco vices, entre várias competições como Paulistão, Copa do Brasil, Recopa, Sul-Americana e Libertadores.
Além de diversos resultados negativos contra rivais que foram considerados humilhantes pela própria torcida, como 6 a 1 para o Corinthians, reserva em 2015, e 3 a 0 para o Santos em semifinal de Copa do Brasil, fora o 4 a 0 para o Palmeiras na final do Paulistão do ano passado.
Para muitos são-paulinos, a má fase do time começou justamente no dia 12 de dezembro de 2012, quando a equipe do Morumbi conquistou a Sul-Americana sem jogar o segundo tempo. Foi ali que, de alguma forma, começou o pesadelo tricolor.
Será que agora vai?
Em 2023, a "maldição" da final da Sul-Americana pode, enfim, terminar. No sorteio dos grupos da Sula deste ano, o Tricolor caiu justamente no grupo do Tigres-ARG. Tolima-COL e Academia Puerto Cabello-VEN completam a chave.
Para muitos são-paulinos, é a chance de voltar às glórias de um passado não tão distante, mas que ficou para trás da maneira mais traumática possível. Finalmente, o São Paulo jogará um segundo tempo contra o Tigres. Será o fim do pesadelo tricolor?
Salário de Daniel Alves poderia resolver um problema que dura oito anos no São Paulo
Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro, mas o fato de estar atrás das grades não o impede de ganhar um fortuna por mês. O último clube defendido pelo lateral-direito, o Pumas, rescindiu o contrato com o jogador assim que ele foi preso, o que representou o corte do salário e de outros patrocínios do brasileiro. O dinheiro, na realidade, vem do São Paulo, por um acordo de rescisão de contrato