Elenco do Chelsea em 2024 foi o mais caro da história da Europa
Londrinos gastaram € 1,656 bilhão (cerca de R$ 10 bilhões) em transferências, superando gigantes como Manchester United e Real Madrid
Futebol|Do R7

Um relatório divulgado pela UEFA, intitulado “Panorama Financeiro e de Investimento de Clubes Europeus”, revelou que o Chelsea, ao final do ano fiscal de 2024, montou o elenco mais caro da história da Europa.
Com um custo combinado de € 1,656 bilhão (cerca de R$ 10 bilhões) em taxas de transferência, o clube londrino ultrapassou marcas históricas de gigantes como Manchester United (€ 1,422 bilhão em 2023) e Real Madrid (€ 1,33 bilhão em 2020), segundo o estudo que analisa as principais ligas do continente.
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A escalada financeira do Chelsea começou em 2022, quando o clube foi adquirido pelo consórcio liderado por Todd Boehly e Clearlake Capital. Desde então, os Blues contrataram 41 jogadores em seis janelas de transferência, investindo quase € 2 bilhões (aproximadamente R$ 12 bilhões) em cinco anos -- de julho de 2019 a junho de 2024.
Esse montante é dois terços superior ao do Manchester City (€ 1,175 bilhão), segundo maior gastador no período, e deixa clubes como Arsenal (€ 1,145 bilhão), Barcelona (€ 733 milhões) e Liverpool (€ 657 milhões) bem atrás na lista.
Gastos recordes, mas sem troféus
Apesar do investimento bilionário, os resultados em campo não acompanharam os números. Sob a gestão Boehly-Clearlake, o Chelsea não conseguiu se classificar para a Liga dos Campeões nem levantar troféus.
Na última temporada da Premier League, o time terminou em sexto lugar e, atualmente, ocupa a quinta posição na tabela. A falta de sucesso levanta questionamentos sobre a estratégia do clube, que priorizou contratações de alto valor em detrimento de uma consolidação esportiva.
Premier League domina cenário financeiro
O relatório da UEFA destaca o domínio financeiro da Premier League, que abriga nove dos 20 elencos mais caros do mundo, incluindo Chelsea, Manchester United, Manchester City e Arsenal.
Os clubes ingleses gastaram € 2,1 bilhões em transferências em 2023, um aumento de 17% em relação ao ano anterior, e geraram uma receita agregada de € 7,15 bilhões (cerca de R$ 44 bilhões) -- quase o dobro das arrecadações de LaLiga (€ 3,7 bilhões) e Bundesliga (€ 3,6 bilhões), as ligas que seguem no ranking.
A força financeira da Inglaterra é impulsionada por grandes distribuições de direitos de TV e públicos expressivos. Arsenal (€ 153 milhões), Manchester United (€ 129 milhões), Tottenham (€ 123 milhões) e Liverpool (€ 108 milhões) estão entre os clubes com mais de € 100 milhões (mais de R$ 628 milhões) em receita de bilheteria em 2023.
A média de faturamento dos times ingleses (€ 357 milhões) supera em 60% a de clubes alemães e é três vezes maior que a de equipes típicas de Itália e Espanha.