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BRASILEIRO 2022
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Del Nero volta a ser alvo da Fifa e balança no trono da CBF

Presidente da Confederação Brasileira é investigado no Comitê de Ética

Futebol|Dado Abreu, do R7


Marco Polo Del Nero tenta a todo custo se manter à frente da CBF
Marco Polo Del Nero tenta a todo custo se manter à frente da CBF

Acusado nos Estados Unidos pelos mesmos sete crimes que José Maria Marin, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, finalmente entrou na mira da Fifa (Federação Internacional de Futebol).

Depois de a entidade indicar, por meio do presidente Gianni Infantino, que aguardaria o fim do julgamento na Corte de Nova York para então tomar decisões sobre o cartola brasileiro, o Comitê de Ética da Fifa voltou atrás e optou por reabrir uma investigação sobre Del Nero.

A decisão se deu após o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) ser citado várias vezes nas delações do Fifagate — entre as acusações, ele teria recebido US$ 6,5 milhões em propinas (R$ 21,5 milhões na cotação atual), mesmo valor supostamente recebido por Marin.

Apesar de ser réu por fraude, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa, Marco Polo Del Nero não é processado tampouco julgado nos Estados Unidos porque está no Brasil, que não extradita seus cidadãos. Desde a eclosão do escândalo de corrupção no alto escalão do futebol internacional, o presidente da CBF não deixou o País e, em terras brasileiras, não é acusado por crime algum. 

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Assim, a Fifa é hoje a única entidade que pode destronar Del Nero da presidência da CBF. Uma eventual punição ao cartola no Comitê de Ética poderia afasta-lo das atividades no futebol e, deste modo, ele deixaria o comando da entidade. José Maria Marin, por exemplo, foi penalizado pelo mesmo órgão e banido para sempre de qualquer atividade esportiva. 

Homem-forte do futebol brasileiro desde 2015, Marco Polo Del Nero esteve sob investigação na Fifa depois que a Justiça norte-americana o acusou formalmente. No entanto, desde então a entidade insinuou que não avançou no processo. Mas, agora com novas informações, as suspeitas sobre Del Nero podem ter se tornado mais evidentes.

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Em contato com o R7, José Roberto Batochio, que defende Del Nero no caso, afirmou que no período compreendido pela investigação seu cliente não era presidente da CBF e, portanto, não assinou os contratos suspeitos.

Caso o presidente da CBF seja afastado, o vice-presidente mais velho é quem assume o cargo. Hoje, Antonio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, de 81 anos, ligado à Federação Paraense, é o primeiro na linha sucessória. Foi ele quem comandou a CBF enquanto Marco Polo se afastou provisoriamente para cuidar de sua defesa no Caso Fifa.

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No julgamento no Tribunal Regional do Brooklyn, Del Nero além de ser citado nas deleções, também está sendo acusado pela defesa de José Maria Marin, seu antigo aliado político, que alega que era Del Nero, então vice-presidente da CBF, e não Marin, quem tomava as decisões no período analisado pela promotoria dos EUA.

Em uma das intervenções do advogado Jim Mitchell, ele chegou a cobrar que a CBF fosse punida pela Fifa por isso, no que foi prontamente repreendido pela juíza Pamela Chen. Para a magistrada, uma circunstancial punição à entidade não caberia à Corte dos Estados Unidos e se Del Nero ainda não foi afastado do cargo, o que de fato não ocorreu, é porque "talvez ele tenha mais amigos do que Marin na cúpula da Fifa". Pelo visto, está chegando a hora de saber quem é mais bem quisto no Comitê de Ética. Del Nero ou Marin?

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