Cruzeiro fica na bronca com arbitragem após anulação de gol e pedidos de pênalti

O Cruzeiro perdeu para o Santos por 2 a 1, neste domingo (10), em pleno Mineirão, e terminou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro na vice-liderança, com 37 pontos, três a menos que o Flamengo, campeão simbólico da primeira metade da competição. Durante o jogo e após o apito final, jogadores do Cabuloso mostraram muita insatisfação com a arbitragem, e o goleiro Cássio chegou a afirmar, em entrevista ainda na beira do campo, que o time mineiro jogou “contra 12”.

“Jogando contra 12, né? O árbitro e o time do Santos. Com todo o respeito, contra o Ceará nós jogamos mal, contra o CRB não merecemos, mas hoje jogamos contra 12, fica difícil. O Wilton, para mim, é um dos melhores árbitros do Brasil, mas hoje ele brincou com tudo. E outra, será que a gente está preparado para ter um craque do nível do Neymar jogando no Brasil? O árbitro tem medo de marcar as coisas. Perdemos, tivemos desatenção nos gols. Mas o Wilton hoje, irreconhecível”, disparou o jogador.

As polêmicas de arbitragem foram uma tônica do jogo. Ainda no primeiro tempo, veio o primeiro pedido de pênalti. No lance, Rincón e Lucas Romero dividem na pequena área, e o jogador cruzeirense cai. Apesar da reclamação efusiva dos cruzeirenses, Wilton Pereira Sampaio não foi sequer chamado para revisar o lance no VAR.

Depois de sofrer o empate, em gol de Guilherme, o Cruzeiro voltou novamente a liderança do placar com um belo gol de Kaio Jorge. O lance, porém, foi chamado para revisão por uma falta de Matheus Pereira em cima de Zé Rafael, na origem da jogada. Após ir à cabine, o árbitro sinalizou a marcação de falta e anulou o gol do time mineiro.

Após o lance, a torcida do Cruzeiro xingou o árbitro e os jogadores do Cabuloso passaram a reclamar de cada jogada. Matheus Pereira chegou a tomar um cartão amarelo por reclamação. Com a virada do Santos, em belo gol do paraguaio Gustavo Caballero, a situação piorou e os ânimos ficaram ainda mais à flor da pele.

Na reta final de jogo, o Cruzeiro ainda reclamou de mais dois pênaltis não marcados. O primeiro, em dividida de Zé Rafael com Matheus Henrique. O lance, novamente, não foi chamado para revisão. Depois, em jogada de bola área em que os cruzeirenses pediram um toque de mão de João Schmidt, do Santos.

Em busca da recuperação, o Cruzeiro volta a campo só na próxima segunda-feira (18). O adversário é o indigesto Mirassol, fora de casa, às 20h (de Brasília). O Cabuloso é vice-líder da competição com 37 pontos conquistados, três a menos que o Flamengo, que ocupa a primeira colocação.