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BRASILEIRO 2022

Como era o mundo quando Abel assumiu o Palmeiras?

Pandemia, Brexit e Bolsonaro na Presidência formavam o pano de fundo quando o técnico português desembarcou no Parque Antártica

Futebol|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Abel Ferreira assumiu o Palmeiras em outubro de 2020 em meio a mudanças frequentes no comando técnico.
  • O mundo enfrentava a pandemia de Covid, que suspendeu eventos, fechou fronteiras e afetou o futebol.
  • 2020 também marcou a saída oficial do Reino Unido da União Europeia e a libertação de Ronaldinho Gaúcho no Paraguai.
  • O Brasil colocou a nota de 200 reais em circulação durante o período de auxílio emergencial.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Palmeiras apresenta Abel Ferreira como novo técnico em entrevista para a imprensa, em 2020 Reprodução/Youtube/ TV Palmeiras Sportingbet

Abel Ferreira afirmou nesta quinta-feira (27) que continuará no Palmeiras. O contrato termina no fim do ano e a renovação até 2027 ainda não foi assinada, mas o técnico garantiu que não pretende sair. “Quero dizer a vocês que minha palavra vale mais que uma assinatura, não precisei assinar em janeiro ou dezembro para dizer que continuo. Se sou diferente, poderia ter saído há muito tempo do Palmeiras, clubes que poderiam pagar 4 milhões de euros, 10 milhões de euros e decidir ficar pelo Palmeiras e pela minha família”, disse antes da final da Libertadores, disputada neste sábado (29) em Lima, no Peru, contra o Flamengo.

A permanência do português reforça um ciclo iniciado em outubro de 2020, quando o Verdão buscava um novo rumo após uma fase marcada por mudanças rápidas no comando técnico. Desde a reformulação de 2015, o Palmeiras conquistava títulos, mas dificilmente conseguia manter um treinador por longos períodos.


A direção oscilava entre apostas e nomes consagrados. Mano Menezes havia sido demitido no fim de 2019. A primeira opção para 2020 foi Jorge Sampaoli, sem sucesso. A solução seguinte foi a volta de Vanderlei Luxemburgo, que caiu em outubro apesar do título paulista. Miguel Ángel Ramírez virou o alvo e não aceitou. A partir dessa negativa, o clube identificou Abel, então no PAOK, um técnico jovem, sem títulos expressivos e praticamente desconhecido pelo público brasileiro.

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A escolha representou uma virada no perfil de treinador buscado pelo Palmeiras. A gestão de Maurício Galiotte defendia a adoção de um modelo de jogo permanente para garantir continuidade. Galiotte, inclusive, havia dito naquele mês que o Palmeiras precisava definir uma filosofia para evitar novas trocas frequentes. A chegada de Abel, em um cenário de incerteza esportiva, marcou o início de uma era que se tornaria a mais vitoriosa da história recente do clube.


Enquanto o Palmeiras decidia seu futuro no comando técnico, o mundo vivia um momento turbulento. Em janeiro de 2020, o Reino Unido oficializava a saída da União Europeia após 47 anos de integração. O gesto abriu um período de transição que redesenharia acordos comerciais e a relação entre os dois lados.

Pouco depois, em março, a Organização Mundial da Saúde declarava a pandemia de Covid. Naquele momento, o planeta registrava 118 mil casos e 4.291 mortes. O avanço do vírus provocava fechamento de fronteiras, suspensão de eventos e mudanças abruptas na vida cotidiana. O futebol também foi atingido, com paralisações, jogos sem público e incertezas sobre calendários.


Em Brasília, o presidente era Jair Bolsonaro (PL), que terminaria o mandato em janeiro de 2023, derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Fora do eixo político e sanitário, outras notícias influenciavam o noticiário mundial. Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Roberto de Assis, tinham sido soltos pela Justiça do Paraguai em agosto, depois de meses presos por uso de documentos falsos.


Em setembro, o Brasil colocava em circulação a nota de R$ 200, criada para atender à alta demanda por dinheiro em espécie em meio ao pagamento do auxílio emergencial.

Esse era o cenário no fim de outubro de 2020, quando um português de 41 anos desembarcou para assumir um clube em busca de identidade. Cinco anos depois, Abel soma dez títulos, disputa mais uma final continental e reafirma a permanência pouco depois do aniversário de sua chegada.

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