Com clube em crise, técnico desiste de assumir a Portuguesa na Série A2
Paulo Roberto Santos diz que jogadores não querem ir para clube e teria pouco tempo para tentar solucionar problemas. Time é lanterna no torneio
Futebol|Do R7
O acordo do treinador Paulo Roberto Santos com a Portuguesa foi desfeito apenas três dias depois do anúncio oficial, que aconteceu na última sexta-feira (22). O grande entrave foi a falta de recursos financeiros para contratar pelo menos seis reforços, considerados como de extrema necessidade pelo técnico para tirar o clube da zona de rebaixamento da Série A2 do Campeonato Paulista.
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"Não vai dar para assumir não. Porque eu acho que o tempo é muito curto para fazer o que precisa fazer para reverter a situação. A gente precisava fazer pelo menos umas seis contratações, no mínimo. E só tem quatro inscrições para serem feitas [na lista da Série A2]. E o presidente [Alexandre Barros] alegou também que já estourou o orçamento. Também tentei alguns nomes e os quatro com os quais conversei não quiseram ir", contou o técnico.
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Antes de assumir oficialmente, Paulo Roberto Santos compareceu ao Canindé no último domingo e assistiu à derrota da Portuguesa por 3 a 2 para o Penapolense, depois do adversário abrir três gols de diferença. Com o resultado dentro de casa, o clube caiu para a lanterna da Série A2 do Paulista, com apenas cinco pontos e nenhuma vitória na temporada. Faltam seis rodadas para acabar esta fase da competição estadual e, com a desistência de Santos, Alan Dotti deve seguir como interino.
"Cheguei à conclusão que o tempo vai ser muito curto para reverter a situação. Então, já liguei para o presidente e avisei que infelizmente a gente não vai assumir. Porque acho que o tempo é curto e os jogadores não querem ir para a Portuguesa. Fui assistir ao jogo [contra a Penapolense] e saíram três jogadores machucados no primeiro tempo. Nunca vi isso no futebol. Então você sente também que o clima tá muito pesado", completou.
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Torcedores da Portuguesa protestaram antes da partida contra a Penapolense e o principal alvo foi o presidente Alexandre Barros. Cerca de 150 pessoas se manifestaram em frente ao Canindé para pedir a saída da atual diretoria, tudo com a presença da PM (Polícia Militar) e de forma pacífica, sem nenhum relato de confusão. Faixas também foram estendidas com tom de cobrança por causa da atual fase do clube, que corre sério risco de ser rebaixado à Série A3.
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