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BRASILEIRO 2022

Caso Daniel: por R$ 70 mil, bilhetes ofereciam fuga a assassino confesso 

Claudio Dalledone, advogado de defesa do réu, afirma que Edison Brittes nem teve acesso às mensagens e que elas foram vazadas para prejudicar cliente

Futebol|Eugenio Goussinsky, do R7

Advogado afirma que mensagens não merecem credibilidade
Advogado afirma que mensagens não merecem credibilidade

O advogado Cláudio Dalledone, que defende o empresário Edison Brittes, réu confesso do assassinato do jogador Daniel, em outubro do ano passado, afirmou que os bilhetes recolhidos por funcionários do Depen (Departamento Penitenciário) nem chegaram às mãos de Brittes.

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Segundo Dalledone, enquanto o acusado participava de audiências, durante três dias seguidos, uma série de bilhetes se acumulou na cela de Brittes, para a qual ele só voltava para dormir.

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Proposta financeira


Entre as mensagens, Dalledone confirma que havia propostas de fuga de Brittes, em troca de R$ 70 mil. Para uma fuga de Cristiana e Allana, esposa e filha do réu, respectivamente, os valores propostos chegavam a R$ 300 mil, segundo ele.

"Entre as mensagens que chamaram a atenção da segurança, que recolhia o material, estavam propostas de fuga do Edison em troca de pagamento de R$ 70 mil. Também havia proposta de fuga para a Alana e a Cristiana, em troca de 200 mil. Mas essas mensagens não merecem crédito. O Edison nem teve acesso a elas. As propostas vieram de um estelionatário lá de dentro da prisão. Nem havia como isso ser realizado. É algo absurdo."


Transferência de Brittes

Por causa dos bilhetes, o empresário foi transferido na sexta-feira (8) da Casa de Custódia de São José dos Pinhais (PR) para a Casa de Custódia de Curitiba (PR). Isso ocorreu após ele permanecer em isolamento disciplinar por dez dias.


Em depoimento ao Conselho Comunitário, Brittes negou haver plano de fuga e disse não ter responsabilidade sobre o teor dos bilhetes. Dalledone afirma que a informação foi vazada para prejudicar seu cliente.

"Isso gerou um tumulto na casa de detenção e provocou a transferência dele. Mas nunca houve plano de fuga."

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Depoimentos

Nos próximos dias 1, 2 e 3 de abril, o processo terá continuidade com o depoimento das testemunhas de defesa dos acusados. Dalledone afirmou ainda que não desistirá de buscar um habeas corpus para Cristiana e Allana.

Para isso, vai recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao STF (Supremo Tribunal Federal), já que, no último dia 28, o pedido foi negado pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná.

Em relação a Brittes, ele revelou que ainda não pedirá liberdade condicional do acusado.

"Estamos aguardando as próximas etapas. Por ora não vou pedir a liberdade do Edison. Há teses jurídicas que podem compreender a isenção total de pena. Mas não vou dizer qual caminho vamos tomar em relação à tese jurídica a ser sustentada no Tribunal de Justiça."

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