Logo R7.com
RecordPlus
BRASILEIRO 2022

Caso Bruno Henrique pode chegar a um desfecho após dois meses

Atacante do Flamengo aguarda decisão final do STJD sobre denúncia de manipulação esportiva após julgamento adiado

Futebol|Do R7

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Bruno Henrique, atacante do Flamengo, pode ter um desfecho em seu caso no STJD nesta quinta-feira (13), após mais de dois meses de julgamento.
  • O jogador é acusado de manipulação esportiva ao forçar um cartão amarelo para beneficiar apostadores, incluindo seu irmão.
  • A defesa do Flamengo argumenta que a suspensão foi uma estratégia para permitir que Bruno jogasse em partidas subsequentes, enquanto a Procuradoria pede aumento da pena por violação ética.
  • Além do processo no STJD, Bruno Henrique enfrenta um processo criminal por fraude esportiva, que pode resultar em pena de prisão, e continua jogando com efeito suspensivo.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Bruno Henrique foi denunciado por supostamente forçar um cartão amarelo em partida contra o Santos, em novembro de 2023 Gilvan de Souza/Flamengo

O caso envolvendo o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, caminha para um possível desfecho nesta quinta-feira (13), após mais de dois meses de idas e vindas no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

O jogador foi denunciado por supostamente forçar um cartão amarelo em partida contra o Santos, em novembro de 2023, no Mané Garrincha, para beneficiar apostadores, entre eles o próprio irmão, segundo investigação da Polícia Federal.


LEIA MAIS:

Nesta segunda-feira (10), o Pleno do STJD iniciou o julgamento do recurso apresentado pelo Flamengo contra a condenação de 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil aplicada em setembro. O relator do caso, Sergio Furtado Filho, votou pela absolvição do atleta no artigo 243-A, que trata de conduta contrária à ética desportiva, e defendeu apenas a aplicação de uma multa de até R$ 100 mil com base no artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. No entanto, o auditor Marco Aurélio Choy pediu vista, suspendendo a sessão e adiando a decisão final para quinta-feira, às 15h.


Durante a audiência, a defesa do Flamengo insistiu que o cartão amarelo recebido pelo jogador foi uma decisão estratégica, tomada com o aval da comissão técnica, para que Bruno Henrique ficasse suspenso no jogo seguinte, contra o Fortaleza, e pudesse atuar na partida subsequente, diante do Palmeiras. “Forçar cartão não é atitude antiética. É comum no futebol brasileiro. O Flamengo não foi prejudicado e o resultado da partida não foi alterado”, afirmou o advogado Michel Assef Filho.


A Procuradoria, por sua vez, defendeu o aumento da pena, sustentando que houve violação ética e prejuízo à integridade do campeonato. O subprocurador Eduardo Ximenes argumentou que o cartão foi recebido de forma deliberada e que o ato beneficiou diretamente o irmão do jogador em um esquema de apostas. Apesar disso, o relator destacou que não há provas de que Bruno Henrique tenha atuado com dolo para manipular o resultado da partida.


Antes da análise do mérito, o tribunal rejeitou por unanimidade (9 a 0) o pedido da defesa de reconhecer a prescrição do processo, que alegava perda do prazo legal de denúncia pela Procuradoria. A defesa sustentava que o prazo de 60 dias teria se esgotado entre a abertura do inquérito, em maio, e a denúncia, apresentada em agosto. A Procuradoria rebateu, afirmando que só pôde agir após receber o relatório da Polícia Federal com as conversas entre o jogador e seu irmão.

A situação de Bruno Henrique também se desenrola na Justiça comum. O atacante responde a um processo criminal por fraude esportiva, com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, cuja pena varia de dois a seis anos de prisão. Além dele, também foram denunciados o irmão Wander Nunes Pinto Júnior, a esposa e uma prima de Wander, além de amigos que teriam apostado no cartão amarelo do atleta.

Enquanto aguarda o resultado, Bruno Henrique segue atuando com efeito suspensivo, concedido desde setembro. Ele participou da vitória do Flamengo sobre o Santos por 3 a 2, no domingo, e marcou um dos gols da equipe. Caso a pena de 12 jogos seja mantida, o atacante ficará fora da reta final do Brasileirão, mas ainda poderá disputar a final da Libertadores contra o Palmeiras, no dia 29 de novembro, caso a sanção não seja estendida a competições internacionais.

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.