Carille já luta pare evitar rebaixamento no Brasileiro. A tarefa será pesada também no Paulista
Ivan Sorti/SantosSão Paulo, Brasil
Grupo A: Corinthians, Inter de Limeira, Guarani e Água Santa
Grupo B: São Paulo, Ferroviária, Novorizontino e São Bernardo
Grupo C: Palmeiras, Mirassol, Ituano e Botafogo
Grupo D: Santos, Red Bull Bragantino, Ponte Preta e Santo André
"Tem grupo da morte não. Todos os grupos são difíceis. Cabe ao clube transformar as dificuldades do grupo em algo mais fácil, mais simples."
"Estamos fazendo o planejamento, só não me pergunte nome de jogador e essas coisas pois não costumo comentar até estar tudo assinado. Mas vamos, sim, fortalecer o nosso time."
A garantia é do presidente Andrés Rueda, ao comentar o que mais chamou a atenção no sorteio dos grupos do Campeonato Paulista: o destino do Santos.
O clube já viveu enorme dificuldade no Paulista de 2021, salvo do rebaixamento na última rodada. Agora está absolutamente pressionado no Brasileiro.
As dívidas de mais de R$ 600 milhões se acumulam. Fabio Carille tem encontrado enorme dificuldade com o elenco limitado que possui. Daí a projeção para o Santos ser mais do que preocupante. E há muita possibilidade de não conseguir a classificação para as quartas, como aconteceu no ano passado.
O Red Bull Bragantino tem um elenco de mais de R$ 105 milhões. Não está decidindo a Sul-Americana por acaso. É um time fortíssimo. E ainda tem a certeza de que irá se reforçar. Mauricio Barbieri está entusiasmado com 2022.
A Ponte Preta, por enquanto, de Gilson Kleina está lutando no Brasileiro da Série B. Mas tem uma ótimo geração de garotos. Além do alçapão chamado Moisés Lucarelli e sua fanática torcida. Além de não ser tão pressionada como o Santos. Há a possibilidade de troca de treinador para 2022. Tem força para brigar, de verdade, pela vaga santista.
O Santo André tem a falta de recursos para ser mero coadjuvante neste grupo da morte.
A alegria do goleiro Carlos Miguel, que representou o Corinthians no sorteio, deixou escancarada a alegria com o grupo fraco que o clube caiu. Os rivais por uma das duas vagas. Guarani, Internacional de Limeira e Água Santa. O time campineiro luta para financeiramente para ter um plantel médio. Inter de Limeira e Àgua Santos têm potencial menor.
O instável São Paulo poderia também estar comemorando: Ferroviária, Novorizontino e São Bernardo. Mas Rogério Ceni já deixou claro que fará grande reformulação no elenco. E o novo time será testado no Paulista. Os resultados são imprevisíveis.
O Novorizontino tem tudo para ser a surpresa do campeonato. Com infraestrutura excelente, o novo clube que substituiu o vice-campeão de 1990, e que fechou as portas, mostra muita força econômica. Desde 2010 tem quatro acessos. Não por acaso. Há forte investimento de empresários.
A Ferroviária e o São Bernardo sofrem sem aporte financeiro digno do Paulista.
O Palmeiras estará ou não tranquilo, dependendo da final da Libertadores. Se tiver de jogar o Mundial, o elenco será dividido. Se perder para o Flamengo, terá força sobrando. Além disso, será o primeiro torneio disputado com Leila Pereira como presidente. As pessoas que cercam a dona da Crefisa já sabem que ela investirá forte. Até para manter Abel Ferreira como técnico.
Mirassol, Ituano e Botafogo, os companheiros de grupo do Palmeiras não têm como ficarem tranquilos. O clube grande entrará forte no torneio estadual. O Ituano mostra estrutura, mas brigará forte com o Botafogo. O Mirassol perdeu fôlego. Vendeu dez jogadores do time que fez excelente campanha este ano. E não repôs.
Um torneio com clubes que venceram sete Mundiais não pode ser desprezado. Não sendo curto, intenso, com todos seus jogos valendo na briga classificação.
O Paulista se reinventou até na transmissão.
A Record TV conseguiu tomar o torneio da Globo.
E a partir de janeiro caberá ao Santos provar que não está no Grupo da Morte.
É esperar para ver...
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