Autoridades da Indonésia vão investigar tragédia em partida de futebol
Presidente do país ordenou que partidas do campeonato nacional, a Liga 1, sejam suspensas até o fim da investigação
Futebol|Do R7
A Indonésia montou na última segunda-feira (3) uma equipe independente para investigar a o tumulto que matou 131 pessoas, incluindo 32 crianças, em um campo de futebol. Além disso, a comissão de direitos humanos do país questiona o uso de gás lacrimogêneo pela polícia.
Torcedores em pânico foram esmagados ao tentar escapar do estádio lotado em Malang, Java Oriental, no sábado, depois que a polícia disparou gás lacrimogêneo para dispersar os torcedores do time da casa derrotado que correram para o campo no final da partida do campeonato nacional.
Pelo menos 32 das vítimas eram crianças com idades entre 3 e 17 anos, disse Nahar, membro do Ministério de Empoderamento das Mulheres e Proteção Infantil. Nahar havia anteriormente colocado o número de mortes de crianças em 17.
O ministro-chefe da Segurança da Indonésia, Mahfud MD, disse que o governo formará uma equipe independente de apuração de fatos, incluindo acadêmicos, especialistas em futebol e funcionários do governo, para investigar o que aconteceu.
O governo fornecerá 50 milhões de rúpias (cerca de R$ 16 mil) em compensação a cada uma das famílias das vítimas, enquanto outras centenas de feridos serão tratados gratuitamente, acrescentou.
A polícia e autoridades esportivas foram enviadas a Malang para investigar o que é uma das tragédias mais mortais em estádios pelo mundo. O presidente Joko Widodo ordenou que a associação de futebol suspenda todos os jogos do campeonato nacional até que a investigação seja concluída.
Violência e vandalismo têm sido características do futebol indonésio, especialmente em lugares como Jacarta, a capital, mas a escala do desastre de sábado nesta cidade em Java deixou a pequena comunidade entorpecida.
Mahfud disse no domingo que o estádio estava lotado além da capacidade. Cerca de 42 mil ingressos foram emitidos para um estádio projetado para acomodar 38 mil pessoas, disse ele.
A Fifa, que chamou o incidente de "dia sombrio para todos os envolvidos no futebol e uma tragédia além da compreensão", pediu às autoridades do futebol indonésio um relatório sobre o incidente.
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