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BRASILEIRO 2022

Athletico-PR vence Barranquila nos pênaltis e conquista Sul-Americana

Em final eletrizante na Arena da Baixada, houve empate em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, mas os brasileiros venceram nas penalidades

Futebol|Cesar Sacheto, do R7

Pablo comemora gol na final contra o Junior Barranquila, em Curitiba
Pablo comemora gol na final contra o Junior Barranquila, em Curitiba

Nas cobranças de pênalti, o Athletico Paranaense conquistou o título da Copa Sul-Americana de 2018 nesta quarta-feira (12), na Arena da Baixada, em Curitiba. Ainda utlizando o uniforme e o escudo antigos, a equipe brasileira e o Junior Barranquila-COL empataram em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, mas os paranaenses venceram as cobranças de penalidades por 4 a 3. No primeiro jogo, disputado na Colômbia, houve empate em 1 a 1.

Confira o minuto a minuto de Athletico Paranaense x Junior Barranquila

Foi o primeiro título internacional do clube rubro-negro paranaense, que havia decidido a Copa Libertadores de 2005. Na final, a equipe curitibana foi derrotada São Paulo, que chegava ao tricampeonato do torneio.

A conquista iguala o Athletico Paranaense a São Paulo e Chapecoense na galeria de brasileiros campeões da Sul-Americana. Em 2019, o time rubro-negro enfrentará o River Plate, campeão da Copa Libertadores, na disputa da Recopa Sul-Americana.


A partida

O time da casa tomou a iniciativa ofensiva da partida desde o início. Aos 5 minutos, Nikão cobrou falta na área, Pablo desviou de cabeça e quase enganou o goleiro Viera, do time colombiano.


O Furacão chegou com certo perigo ao menos outras três vezes nos dez primeiros minutos. 

O primeiro ataque do Junior Barranquila aconteceu aos 12 minutos, quando Barrera recebeu de Téo Gutiérrez e chutou forte. A bola subiu demais e não levou perigo para o gol de Santos.


Aos 19, o meia Raphael Veiga bateu de longe, a bola tocou na mão do zagueiro colombiano e os brasileiros pediram pênalti. Mas o árbitro equatoriano Roddy Zambrano deu prosseguimento à jogada.

Dois minutos mais tarde, os visitantes saíram em contra-ataque. Téo Gutiérrez lançou Luís Diás nas costas do zagueiro Léo Pereira. Para a sorte dos brasileiros, o passe não se concretizou.

Jogo pegado

Os atletas da equipe paranaense reclamavam muito da rispidez dos adversários nas divididas. Apesar das queixas, a arbitragem seguia apenas observando as disputas sem punir ninguém.

Ais 23 minutos, o lateral-esquerdo Renan Lodi arriscou muito bem de fora da área e levou grande perigo para o gol de Vieira, que precisou se esticar para tirar a bola, que tinha direção certa.

O Athletico Paranaense abriu o placar aos 25 minutos, Pablo recebeu um grande passe do meia Raphael Veiga, dominou e tocou no canto direito do goleiro colombiano: 1 a 0.

Após sofrer o gol, a equipe colombiana tentou reverter o prejuízo e foi ao ataque. Aos 38 minutos, Barrera recebeu na área e chutou. A bola desviou na zaga e os colombianos pediram pênalti. Mais uma vez, o árbitro mandou o jogo seguir.

Segunda etapa

Na primeira jogada da volta do intervalo, Raphael Veiga deu outro passe açucarado do lado direito da área para o atacante Pablo, que finalizou com um chute rasteiro e cruzado. Viera conseguiu desviar pela linha de fundo.

No entanto, os paranaenses levaram um susto, aos 9 minutos, quando Téo Gutiérrez soltou a bomba dentro da área. No susto, o goleiro Santos espalmou para cima e evitou o empate.

Pane atleticana

O Junior Barranquila seguiu pressionando em busca da igualdade e, aos 12 minutos, conseguiu surpreender os brasileiros. Após a batida de escanteio da esquerda, Gomez subiu de cabela, Téo Gutiérrez desviou e tirou do alcance de Santos: 1 a 1.

Dois minutos mais tarde, o time colombiano desperdiçou uma excelente chance de virar o jogo. A equipe iniciou um contra-ataque mortal com Téo Gutiérrez.

Na sequência do lance, Díaz deixou Cantillo na cara do gol. O atacante bateu cruzado, mas a bola passou à esquerda de Santos. Houve desvio do goleiro, mas o árbitro não viu e apontou tiro de meta para os brasileiros.

Desligado em campo e abalado pelo empate, o Athletico Paranaense não conseguia afastar o sufoco do time colombiano e também tinha dificuldades em puxar os contra-ataques.

Aos 19 minutos, Léo Pereira falhou na defesa, se livrou da marcação de Thiago Heleno e chutou cruzado, mas a bola saiu fraca e o goleiro Santos não teve dificuldades para defender.

Dois minutos depois, foi a vez de Télo Gutiérrez limpar o lance na meia-lua da grande área e chutar firme, cruzado e rasteiro. O goleiro Santos apenas observou a bola passar à direita e muito perto da trave.

Decisão eletrizante

As duas equipes se lançaram ao ataque em uma disputa eletrizante.

Finalmente, aos 22, após um massacre colombiano, o atacante Pablo fez uma jogada individual, cortou o zagueiro e arriscou.

A bola desviou na zaga e saiu pela linha de fundo. O lance serviu para reacender a torcida, que estava calada na Arena da Baixada.

Porém, na jogada seguinte, o Junior Barranquila desceu novamente com muito perigo e o atacante Luis Díaz fez a respiração de muitos torcedores parar por alguns instantes quando acertou o lado de fora da rede.

Aos 29 minutos, o time brasileiro criou uma boa trama pela direita. Na bola cruzada, Rony tentou de cabeça, mas o passe havia sido alto demais e o atacante apenas resvalou de cabeça.

Nova reclamação

O time atleticano reclamou novamente de um toque de mão dos adversários dentro da grande área.

Aos 34 minutos, depois de uma cobrança de escanteio, Léo Pereira cabeceou e a bola bateu no cotovelo de um zagueiro do Junior Barranquila. Novamente, Roddy Zambrano não interpretou como toque intencional. 

O Athletico-PR ainda tentou pela última vez em uma cabeçada de Nikão, aos 46 minutos, mas o goleiro Viera pegou com firmeza.

Pouco depois, aos 49, Nikão pegou um rebote e arriscou. A bola passou raspando a trave esquerda do goleiro adversário. Mas, na sequência, o árbitro equatoriano encerrou o tempo regulamentar.

Prorrogação

No início do período extra, os times tiveram várias disputas no meio de campo, mas sem lances agudos. A primeira jogada foi do time da casa. Aos 5 minutos, Rony chutou para o gol, mas sem direção.

Um minuto depois, Fuentes dominou na área e emendou para o gol de "puxeta", mas a bola subiu muito.

Porém o técnico do Furacão, Tiago Nunes, teve que substituir dois dos jogadores mais importantes do time por contusão e ao mesmo tempo. Aos 8 minutos, Pablo e Nikão deixaram o campo com dores nas pernas. Entraram Bergson e Marcinho, respectivamente.

Aos 10 minutos, o Athletico-PR teve outra boa chance com Rony pelo lado esquerdo do ataque. O atacante tentou passar para o meio da área, mas a defesa interceptou.

No lance seguinte, o Junior Barranquila pediu outro pênalti. Os colombianos entenderam que Yony González havia sido derrubado ao tentar passar pela zaga brasileira, mas nada foi marcado.

Segundo tempo

Na retomada do jogo para o segundo tempo da prorrogação, o Junior Barranquila surpreendeu o Athletico Paranaense. Téo Gutiérrez deu um passe certeiro para Yony Gonzáles, que foi derrubado pelo goleiro Santos na área: pênalti.

Na cobrança, o canhoto Barrera tirou de Santos, mas bateu muito alto e perdeu a chance da virada.

Aos 8 minutos, Bergson arriscou de muito longe e quase fez o segundo gol do time atleticano. A bola passou à direita de Viera, que conseguiu resvalar e cedeu o escanteio.

Após 120 minutos — mais acréscimos — de um jogo muito intenso, disputado e equilibrado, o título da Copa Sul-Americana de 2018 seria definido nas cobranças de penalidades.

Pênaltis

O Junior Barranquila abriu a série e saiu na frente com Narváez. Jonathan empatou para o Athletico-PR. Fuentes perdeu a segunda cobrança para o time colombiano. Raphael Veiga colocou os brasileiros à frente.

Pérez acertou a terceira cobrança para os colombianos. Bergson marcou e Téo Gutiérrez perdeu outra cobrança para o Junior Barranquila. Renan Lodi cobrou o pênalti que daria o título ao Athletico Paranaense, mas errou.

Viera foi para a última cobrança dos colombianos e marcou. O zagueiro Thiago Heleno converteu o pênalti e o time atleticano conquistou o título — que também garante uma vaga na Libertadores de 2019.

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