Por mais que não morresse de amores por Fábio Carille, Andrés Sanchez nunca falou em demitir o técnico do Corinthians. Nem mesmo na última quarta-feira (30), quando esbravejou depois da derrota para o CSA, em Maceió (AL), pelo Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, o presidente corintiano já tratou muito bem de cavar a demissão do treinador.
A (inevitável) demissão de Carille viria só em caso de derrota para o Flamengo — uma goleada, segundo os mais pessimistas. O Timão encontrará o líder do Brasileirão, já neste domingo, no Maracanã, pela 30ª rodada. Diante desse cenário, aí sim o presidente aceitaria bancar a demissão do treinador.
Além da óbvia questão esportiva propriamente dita, há evidentemente um custoso lado financeiro para ser avaliado. Andrés, claro, não quer arcar com esse custo por pressão da torcida. Pelo que se sabe do contrato, a multa rescisória estaria em R$ 3,6 milhões. O contrato vence ao final de 2020.
Depois da derrota, na entrevista a qual elevou o tom das críticas, Andrés chegou a dizer que foi ao compromisso já que Carille não queria se pronunciar.
"Pergunta pra ele [Carille]. Eu por respeito a vocês da imprensa e pela torcida do Corinthians tenho que vir falar", disse, expondo claramente o treinador e logo gerando os protestos em redes sociais e na porta do Centro de Treinamento.
“Se eu falar que ele [Carille] continua, vão falar que o que a gente fala não vale nada. Ele tem contrato até o fim do ano que vem. Hoje está ruim todo mundo, jogador que já quer sair de férias tem que falar. Treinador tem culpa, jogador também”, completou Andrés.
Isolado, o treinador corintiano ou faz o time jogar mais bola – contra o CSA foi a sétima partida sem vitória – ou deita na cova que o próprio Andrés cavou para ele.
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