Fora de Jogo Messi pediu tranquilidade aos familiares após tiros e ameaças em Rosário, na Argentina

Messi pediu tranquilidade aos familiares após tiros e ameaças em Rosário, na Argentina

Supermercado da família de Antonela Roccuzzo, esposa do jogador, foi alvo de disparos na madrugada da última quinta-feira (2)

Agência Estado - Esportes
Família de Messi foi vítima de ameaças em Rosário, cidade natal do craque argentino

Família de Messi foi vítima de ameaças em Rosário, cidade natal do craque argentino

Reprodução Instagram @leomessi

Alvo de uma mensagem ameaçadora colocada à porta do supermercado da família de sua mulher, em Rosário, após um ataque a tiros no estabelecimento, o atacante Lionel Messi pediu tranquilidade aos familiares. De acordo com o jornal argentino La Nacion, Jorge Messi, pai do astro do Paris Saint-Germain, relatou a pessoas próximas a conversa que teve com o filho após o episódio.

"Falei com ele, e ele me disse: 'Fique tranquilo'", afirmou Jorge, que ressaltou que não está disposto a mudar a sua relação com Rosário, apesar das ameaças. Lionel Messi cresceu na cidade argentina, parte da província de Santa Fé, e morou lá até os 13 anos, idade que tinha quando foi para o Barcelona. Sempre que possível, como nas festas de fim de ano, viaja para a cidade natal. Foi em Rosário que celebrou o título da Copa do Mundo conquistado com a Argentina no final do ano passado.

O caso aconteceu na madrugada desta quinta-feira (2). Dois homens em uma mota efetuaram uma série de disparos contra o supermercado pertencente à família de Antonela Roccuzzo, mulher de Messi, e colaram um cartaz na porta com a mensagem: "Messi, estamos te esperando. Javkin também é do tráfico, ele não vai te proteger". Citado no cartaz, Pablo Javkin é o prefeito de Rosário, considerada a cidade mais violenta da Argentina e onde há forte atuação de narcotraficantes.

A família Roccuzzo também se manifestou sobre o assunto. "Isso não é para nós", disse José Roccuzzo, pai de Antonela, referindo-se à ameaça, para tranquilizar os funcionários do supermercado. A frase tem relação com as suspeitas iniciais da polícia local, que acredita que a intenção dos criminosos não tenha sido ameaçar a integridade física de Messi. A hipótese é que tenham atacado o estabelecimento apenas para chamar atenção durante a onda de violência que atinge Rosário no momento.

O estabelecimento, parte de uma rede de bairro, é administrado por José e duas irmãs de Antonela. De acordo com o relato de moradores das redondezas ao La Nacion, é comum ver a família Roccuzzo no local, inclusive José, que atende o caixa e repõe mercadorias.

Violência em Rosário

O prefeito Pablo Javkin esteve no local após o ataque, conversou com a imprensa argentina e levantou suspeitas a respeito das forças de segurança da província de Santa Fé, da qual Rosário faz parte. "Eu duvido de todos, inclusive daqueles que deveriam nos proteger. E, vou deixar claro, tivemos muitas reuniões com forças federais, provinciais, juízes, fiscais. Parte do que se falou tem a ver com essa região", disse.

Nesta semana, Javkin e Omar Perotti, governador da província de Santa Fé, tiveram uma reunião com o Ministério da Segurança da Argentina para discutir medidas que possam reduzir a violência em Rosário.

Segundo Pablo Javkin, o bairro onde está localizado o supermercado esteve em pauta durante as discussões sobre a segurança da cidade nos últimos dias. "Cada vez que exigimos questões concretas, aparece isso", disse o prefeito, que concorda com a suspeita de que a ação não seja uma intimidação direta a Messi. Para ele, Messi não corre perigo de morte. Ele também afirmou que conversou com a família Roccuzzo para acalmá-la e oferecer segurança. Explicou que a questão é política, e não pessoal.

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