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Doutor Rúgbi atrasou sonho da medicina por glória no esporte

Lucas Duque, o Tanque, teve trabalho para conciliar estudos e carreira na seleção brasileira. Time verde-amarelo enfrenta All Blacks Maori, no sábado

Especiais|André Avelar, do R7


Lucas Duque, o Tanque, estudava no ônibus de ida e volta do clube para faculdade
Lucas Duque, o Tanque, estudava no ônibus de ida e volta do clube para faculdade

Estudar e praticar esporte de alto-rendimento ainda não é tarefa fácil no Brasil. Exemplos de estudantes e jogadores são raros e, em geral, são carregados de histórias de pura força de vontade. Lucas Duque é um desses casos. O Tanque, como é conhecido no mundo do rúgbi, atrasou o sonho da medicina por glórias no esporte que tanto ama.

Tanque, ou o Doutor Rúgbi, é o atleta mais experiente da seleção brasileira 15 (denominação para diferenciar da modalidade com sete jogadores). Depois de ajudar a elevar o patamar do time verde-amarelo, o atleta-médico comemora a partida contra os All Blacks Maori, da Nova Zelândia, principal potência do esporte. A partida acontece no sábado (5), no estádio do Morumbi.

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Tanque se especializou em medicina do esporte
Tanque se especializou em medicina do esporte

Em entrevista ao R7, o jogador de 34 anos contou que atrasou a faculdade em um ano e meio em relação à turma que entrou para não perder ainda mais treinos, jogos e competições com a seleção brasileira. Até que às vésperas da Rio 2016, conciliar os treinos no São José e na seleção brasileira com a faculdade de medicina no Rio de Janeiro ficou ainda mais complicado.

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“Decidi não fazer a especialização devido ao profissionalismo que a coisa tomou perto das Olimpíadas. Era um oportunidade que, se eu não agarrasse, não teria depois. Médico, eu posso ser depois. No esporte, a coisa é um pouco diferente porque o corpo começa a acusar porque decidir dar uma pausa na especialização e continuar jogando rúgbi”, disse Tanque.

No final%2C valeu a pena abrir mão de alguma coisa por um sonho

(Lucas 'Tanque' Duque)

Apesar das dificuldades, o atleta lembra com carinho da época em que atravessava a rodovia Presidente Dutra e deixava o Rio de ônibus rumo a São José dos Campos, no Vale do Paraíba, em São Paulo. A viagem de cinco ou seis horas era feita de estudos para não se atrasar ainda mais na faculdade. Ainda assim, Tanque teve de repor aulas e fazer provas sozinho.

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Recentemente, o jogador conseguiu enfim se especializar em medicina esportiva. Com a formação acadêmica e tamanha experiência no esporte, ele espera poder contribuir com a seleção brasileira depois que parar de jogar. Hoje, ele trabalha em clínicas no Vale do Paraíba e atende algumas dezenas de pacientes.

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“Consegui conciliar [a faculdade e o esporte] porque não era tão profissional como hoje em dia. Agora os atletas são pagos, são contratados, treinam todo dia de manhã e, na época, não existia um sistema. Lógico que perdi muita coisa no rúgbi mesmo”, disse Tanque. “No final, valeu a pena abrir mão de alguma coisa por um sonho.”

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