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Copa 2018

Zona norte de São Paulo é origem de quatro craques brasileiros na Copa

Dos nove jogadores paulistas que representam a seleção brasileira no Mundial da Rússia, quatro nasceram em bairros da região norte paulistana

Copa 2018|Cesar Sacheto, do R7

Gabriel Jesus pinta as ruas do Jardim Peri, na zona norte de São Paulo
Gabriel Jesus pinta as ruas do Jardim Peri, na zona norte de São Paulo

A zona norte de São Paulo é origem de quatro jogadores brasileiros que lutam pelo hexacampeonato mundial na Copa da Rússia. Os zagueiros Pedro Geromel, Marquinhos, o volante Paulinho e o atacante Gabriel Jesus iniciaram os passos no futebol em campinhos e quadras da região.

Pedro Geromel é nascido e criado na Vila Guilherme. O defensor, de 32 anos, iniciou a carreira na Portuguesa de Desportos, passou pelo Palmeiras antes de seguir para o futebol europeu e depois se firmar no Grêmio. Pelo clube gaúcho, Geromel conquistou a Copa do Brasil de 2016 e a Copa Libertadores de 2017.

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Já o volante Paulinho, campeão da Libertadores e do Mundial Interclubes (2012) pelo Corinthians, hoje no Barcelona, nasceu e foi criado no Parque Novo Mundo.


"Saber que um jogador de seleção brasileira e do Barcelona saiu de um campo desse, a gente fica muito contente por ele", comemora o personal trainer Jonas Mendes, que jogou com Paulinho no campinho do bairro e ainda guarda com orgulho as chuteiras usadas pelo craque no Mundial Interclubes pelo Corinthians.

Um garoto que também frequenta o mesmo campo demonstra orgulho pelo ex-morador do bairro, que hoje é titular absoluto de Tite na seleção. "É uma inspiração para a gente. Saiu daqui e a gente o vê na seleção. Nós o vemos como um espelho”, disse o garoto que vestia uma camiseta do Corinthians.


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O jovem atacante Gabriel Jesus, de 21 anos, que brilhou no Palmeiras — foi campeão brasileiro de 2016 pelo clube alviverde – e agora é um dos destaques do Manchester City, veio do Jardim Peri.

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O menino que há quatro anos pintava bandeiras do Brasil nas ruas do bairro agora é titular da seleção e esperança de gols em busca do hexacampeonato.

"Ele correu atrás dos sonhos dele e conseguiu. Fez por merecer tudo o que está acontecendo com ele. Todo o pessoal do bairro ficou feliz demais por ele", conta Gisele Xavier, dona do bar onde Gabriel Jesus comprava doces, tomava refrigerantes e via jogos durante a infância.

Por fim, o zagueiro Marquinhos, revelado pelo Corinthians — clube pelo qual conquistou a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2012, mas que logo cedo seguiu para a Europa — é oriundo do Imirim. Marquinhos jogou na Roma e atualmente é titular da zaga do PSG ao lado do compatriota Thiago Silva.

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"Ele tinha facilidade em trabalhar com a perna direita e a perna esquerda. Então, ele foi se desenvolvendo", contou o professor de educação física José Carlos Barboza, que acompanhou o desenvolvimento de Marquinhos na quadra da escola onde estudava na infância.

Entre os 23 jogadores convocados por Tite para a disputa do Mundial de 2018, ainda há outros cinco jogadores que nasceram no Estado de São Paulo: o atacante Neymar (Mogi das Cruzes), Ederson (Osasco), Wilian (Ribeirão Pires), Casemiro (São José dos Campos), além do lateral-direito Fágner — escalado como titular na partida contra a Costa Rica no lugar de Danilo (lesionado) —, que é da capital.

Celeiro de craques

A zona norte paulistana é uma extensa e povoada região da capital paulista. São 296 quilômetros quadrados e cerca de 2,1 milhões de habitantes, perto das populações de Brasília e Belo Horizonte, duas das maiores cidades do país.

A região também é celeiro de grandes craques do futebol brasileiro. No bairro está situado um dos clubes mais tradicionais na formação de jogadores do Brasil. Na Portuguesa, grandes craques iniciaram uma trajetória brilhante no esporte.

O ex-lateral Zé Roberto é um desses nomes. Ele defendeu a seleção brasileira na Copa de 2006 e se destacou em times como Real Madrid, Bayern de Munique, Bayern Leverkusen, Grêmio, Santos e Palmeiras, onde encerrou a carreira.

Djalma Santos, lateral-direito bicampeão mundial nas Copas de 1958 e 1962, também jogou na Portuguesa por mais de dez anos antes de se transferir para o Palmeiras, onde se tornou ídolo.

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